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Coaf aponta depósito de 100 mil reais para acusado de matar Marielle

Policial militar reformado Ronnie Lessa é apontado como autor dos disparos contra a vereadora carioca do PSOL e o motorista Anderson Gomes

Por Da Redação Atualizado em 15 mar 2019, 15h48 - Publicado em 15 mar 2019, 12h10

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de 100 mil reais na conta do policial militar reformado Ronnie Lessa em outubro do ano passado. O PM é acusado, junto com o ex-PM Élcio Queiroz, do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O depósito foi feito sete meses depois do crime.

O relatório do Coaf cita ainda bens materiais de Lessa, como uma lancha, um veículo blindado avaliado em cerca de 150 mil reais e uma casa no condomínio Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que seriam incompatíveis com a renda de um PM reformado. O advogado Fernando Santana afirmou que não teve acesso às informações do relatório. “Também não falei com ele ainda. O dinheiro pode ser uma doação, pode ser a venda de algo”, disse.

A Justiça decretou o bloqueio dos bens de Lessa e Queiroz. O objetivo do pedido, segundo explicou o Ministério Público do Rio de Janeiro, é garantir recursos para que as famílias das vítimas possam ser indenizadas por danos morais e materiais.

A previsão é de que Lessa e Queiroz prestem depoimento na tarde desta sexta-feira, 15, na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital. Santana, no entanto, já adiantou que o seu cliente vai ficar em silêncio e só falará em audiência judicial. “Ele já está com a prisão preventiva decretada, por que perder tempo prestando esclarecimentos?”, questionou o advogado. “Ele falará em juízo, futuramente”, completou.

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Acusados

Segundo a denúncia formulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP-RJ, Lessa efetuou os disparos, e o ex-policial Élcio Vieira de Queiroz dirigia o carro que conduzia o atirador. Eles foram denunciados pelos homicídios qualificados de Marielle e Anderson Gomes e tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que sobreviveu.

(Com Estadão Conteúdo)

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