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Correios vão inspecionar com raio-X cargas transportadas em aeronaves

Medida será adotada para impedir que a Anac volte a suspender essa modalidade de transporte

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jun 2025, 16h31

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) voltou a permitir que os Correios utilizem aviões para o transporte de encomendas. Na última sexta-feira, 30, a entidade havia determinado a suspensão dessas operações, até que a empresa estatal se adequasse às medidas de segurança, especialmente quanto aos produtos classificados como perigosos, como baterias de íon e lítio. A restrição, contudo, nem chegou a entrar em vigor: estava prevista para começar nesta quarta-feira, 4, mas foi revogada, já que foi apresentado um plano para que o protocolo seja cumprido. Entre as novidades, está a inspeção das cargas com raio-X antes do embarque. 

Ainda no fim de 2024, a Anac já havia identificado “situações que indicavam o embarque inadequado de itens sujeitos a restrições”, como informou a agência em nota. Mesmo notificado, contudo, os Correios demonstraram uma “falta de capacidade de operar em plena conformidade com os requisitos de segurança”, principalmente com artigos perigosos. Na prática, a empresa estatal apenas despachava os materiais para transporte aéreo sem identificá-los como sensíveis para o voo, já que não poderia violar a encomenda. 

Tal postura, que já despertava o alerta da Anac, chegou a causar em novembro do ano passado um incêndio interno em uma aeronave que transportava produtos dos Correios. O problema surgiu a partir de uma bateria de lítio, que não foi sinalizada como tal e, portanto, não tinha a proteção necessária. O incidente chegou a obrigar que o avião fizesse um pouso forçado. 

O problema persistiu entre fevereiro e abril deste ano, período em que a Anac intensificou sua fiscalização e identificou que diversas exigências estavam sendo descumpridas. Por isso, havia determinado a suspensão, até que os Correios se mostrassem aptos para a correção desses problemas. A ação atingia também duas empresas privadas: Total Linhas Aéreas e Sideral Linhas Aéreas, operadores certificados pela agência e que prestam serviço para a empresa estatal. 

Plano pela segurança

A mudança de cenário aconteceu porque, segundo a Anac, foi apresentado pelos Correios um plano de implementação das exigências necessárias à garantia da segurança das operações, além de um acordo operacional firmado entre a estatal e as empresas aéreas envolvidas. O combinado prevê o compromisso da adoção das medidas de mitigação de risco com cronograma detalhado de ações de ambas as partes. 

Entre as providências, está a implementação de uma inspeção de raio-X nas cargas transportadas pelos Correios, que serão destinadas ao transporte aéreo. Artigos classificados como perigosos não poderão ser embarcados e a carga transportada deverá seguir as normas de segurança, o que será monitorado pela Anac, sob a pena de nova interrupção cautelar.

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