Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Covid-19: Com maior alta de casos, Região Sul adota quarentenas pontuais

Autoridades locais reconhecem a dificuldade de impor períodos longos de isolamento social mesmo diante de agravamento da pandemia

Por Mariana Zylberkan, Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 ago 2020, 19h28

Com a maior alta no número de novos casos registrados entre as regiões brasileiras, e a única com tendência de crescimento nas mortes causadas pelo coronavírus, o Sul do país tem adotado em cada estado quarentenas curtas e restritas às localidades onde há maior agravamento da pandemia. Autoridades de saúde do Rio Grande do Sul e do Paraná reconhecem a dificuldade de impor medidas mais restritivas de isolamento social neste momento, mais de cinco meses após a chegada da doença ao país, mesmo diante das curvas em franca ascendência.

Nos últimos 15 dias, a Região Sul teve alta de 27% nos casos de coronavírus e 30% nas mortes, segundo levantamento de dados feito por VEJA com dados disponibilizados pelas secretarias estaduais de Saúde. “As pessoas não aguentam mais ficar em casa”, diz o secretário de saúde do Paraná, Beto Preto, que determinou duas rodadas de quarentena, cada uma com 14 dias, durante o mês de julho, em cerca de 140 municípios onde estavam concentrados 75% dos casos de Covid-19 no estado. “Não houve a adesão que gostaríamos, mas foi suficiente para segurar o avanço da doença. Não tivemos uma explosão nos registros como estava previsto”, diz ele sobre o estado que teve aumento de 21,5% nas mortes nos últimos 15 dias em comparação com o mesmo período anterior.

O Paraná dobrou o número de casos entre o fim de junho e a primeira quinzena de julho. Entre os fatores para essa alta expressiva, segundo o secretário, estão questões climáticas e comportamentais. “Saímos de uma grande estiagem para um período de chuvas e queda na temperatura. A umidade favorece a transmissibilidade do vírus”, disse. “Houve também diminuição do isolamento social, que chegou a 34% no estado. Muita gente passou a frequentar mais a rua ainda mais depois do pagamento das parcelas do auxílio emergencial”, continuou.

No Rio Grande do Sul, onde houve aumento de 30% no número de casos e de 29% nas mortes nos últimos 15 dias, é adotado um modelo de distanciamento social com restrição de medidas de acordo com a taxa de transmissibilidade do vírus entre outros critérios, em região do estado. O plano é dividido por cores e, atualmente, o estado inteiro é avaliado entre risco médio e alto e tem restrições para o funcionamento de atividades não essenciais, como o comércio, limitado a 50% da capacidade.

Continua após a publicidade

“No início, a população se assustou, agora entende que pode sair, mas com as medidas de segurança. Só ficar em casa não resolve, as pessoas têm que trabalhar”, diz a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann. A recente alta no número de casos, segundo a secretária, teve início em junho e foi agravada ao longo do mês de julho. “Agora, em agosto, chegamos a um patamar alto de casos, mas estável”, explica.

Em Santa Catarina, quarentenas curtas e pontuais têm sido a medida adotada para conter o aumento nas estatísticas no estado, que tem cerca de 3.000 casos registrados por dia e taxa de isolamento social de 37%. O estado tem a pior situação epidemiológica da Região Sul e teve alta de 42% nos casos registrados e 40% nas mortes calculadas nos últimos 15 dias em comparação com igual período anterior. Decreto estadual determinou a paralisação do transporte público municipal por sete dias nos locais com maior contaminação, e também a proibição de frequentar locais públicos, como praças e parques, por igual período.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.