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Crianças que imigraram sozinhas serão abrigadas em bases militares

Pentágono avalia suas instalações para receber menores desacompanhados e famílias reunidas; órgãos do governo batem cabeça para cumprir decreto de Trump

Por Da Redação
Atualizado em 21 jun 2018, 20h08 - Publicado em 21 jun 2018, 18h32
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  • As Forças Armadas dos Estados Unidos vão assumir a responsabilidade de abrigar 20 mil crianças que imigraram desacompanhadas ao país e parte das famílias de imigrantes cujos membros estão separados. Essas pessoas serão acomodadas em bases militares. O pedido foi formulado nesta quinta-feira pelo Departamento de Saúde ao Pentágono, informou o jornal The New York Times.

    De acordo com o jornal, autoridades militares estão avaliando as condições das bases militares do país para receber os imigrantes, incluindo as que estão nos Estados do Texas e do Arkansas. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, ainda se mantém evasivo sobre essa nova missão.

    “Nós já abrigamos refugiados. Acomodamos pessoas expulsas de suas casas por causa de terremotos e furacões. Fazemos o que for preciso para o melhor interesse do país”, afirmou Mattis.

    Na quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que impede a separação de famílias de imigrantes ilegais. Para que as mais de 2.300 crianças sejam novamente reunidas a seus familiares, os centros de detenção para adultos estão passando por adaptações.

    O decreto, porém, não tratou dos imigrantes menores de idade que ingressaram sozinhos no país. A oposição democrata reagiu à falta de orientação para esses casos. “É mesmo viável?”, atacou o senador Chuck Schumer.

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    Trump mostrou-se nesta quinta estressado pela adoção das medidas previstas no decreto. Para garantir que as famílias de imigrantes ilegais não sejam mais separadas, os processos judiciais contra seus adultos não poderão correr por mais de 20 dias. Esse é o prazo máximo, por lei, para a manutenção de crianças em regime de detenção.

    A melhor solução, para ele, seria a acomodação dessas questões em aberto no projeto de lei em tramitação no Congresso sobre o tema da imigração. Para desafogar-se o presidente americano atacou seus alvos favoritos quando se trata da questão migratória: os democratas e o México.

    “Eles não dão a mínima para as crianças. (…) Eles não querem saber de nada”, disse Trump, acusando o o suposto imobilismo democrata. “O México não está fazendo nada por nós, a não ser tirar o nosso dinheiro e nos dar drogas.”

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    Segundo o New York Times, a equipe de Trump teve pouco tempo para preparar o decreto que pôs fim à separação das famílias de imigrantes ilegais. Ao longo da quarta-feira, várias áreas do governo bateram a cabeça ao informar sobre o tema. Nesta quinta, informações sobre a suspensão dos processos contra famílias recém-capturadas foram negadas pelo Departamento de Justiça.

    “Essa informação não é precisa. Não houve mudança na política do Departamento de Justiça de tolerância zero, que prevê o processo de adultos que cruzarem nossa fronteira ilegalmente em vez de solicitar refúgio em qualquer porta de entrada na nossa fronteira”, disse a entidade, por meio de comunicado.

    Trump, por enquanto, insiste na sua nova orientação de “manter as famílias de imigrantes ilegais unidas e para juntar os grupos separados”. Mas, segundo o jornal, não deu ainda nenhuma luz sobre como, efetivamente, seu governo poderá reunir esses familiares.

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