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Comércio fecha após expulsão de venezuelanos de Roraima

Os avisos estão sendo transmitidos por grupos de WhatsApp

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2018, 09h52 - Publicado em 19 ago 2018, 08h45

Novos desdobramentos em decorrência dos confrontos entre brasileiros e venezuelanos na cidade de Pacaraima, em Roraima. Após a expulsão de refugiados do município neste sábado (18), comerciantes da cidade venezuelana de Santa Helena de Uairén, a primeira após o cruzamento da fronteira, decidiram fechar as portas por tempo indeterminado de todo o comércio local.

Os avisos estão sendo transmitidos por grupos de WhatsApp. “Temos uma situação que está fora de controle. São mais de 3 000 pessoas má intencionadas vindo para o centro da cidade. Precisamos que todos os comércios sejam fechados, para que eles comecem a ir para outros lugares”, diz um dos comerciantes em um áudio compartilhado em grupo de mensagens.

Os moradores e empresários locais estão com medo de saques e outros ataques. Eles estimam que 3 000 venezuelanos tenham retornado ao país nas últimas horas. A cidade de Santa Helena fica a 15 quilômetros de Pacaraima.

Conflito

A revolta deste sábado começou em decorrência do assalto a um dos moradores de Pacaraima, o comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, que teve a casa invadida e foi espancado durante um assalto que teria sido praticado por quatro venezuelanos. Atingido na cabeça, o homem foi levado para uma hospital da capital, Boa Vista, por causa dos ferimentos.

Os governos estadual e federal estão reforçando os hospitais, caso haja necessidade de atendimento, e mais policiais do estado e de tropas federais foram convocados para reforçar a segurança. Em Pacaraima, o Exército está reforçando a segurança do perímetro do acampamento legalizado para evitar invasões ou ameaças. O governo federal quer evitar novos confrontos e o por isso, o patrulhamento na cidade foi aumentado.

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A Polícia Federal deportou os venezuelanos que estavam em situação irregular. O governo quer evitar novos confrontos e o patrulhamento na cidade foi aumentado.

De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, “a situação está tensa, mas se estabilizou e está sob controle”. Ele informou que requisitou um avião da Força Aérea para transportar uma equipe de reserva da Força Nacional, de Brasília, para reforçar a segurança local se houver necessidade. O presidente Michel Temer está sendo informado e as autoridades federais estão monitorando e acompanhando o desenrolar dos acontecimentos no local.

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