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Crivella dará nome de Marielle Franco a escola no Rio

Para prefeito, segurança prometida pela intervenção federal no Rio de Janeiro 'ainda não chegou'; unidade atenderá 1.000 alunos em Guaratiba, na Zona Oeste

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h38 - Publicado em 15 mar 2018, 14h24

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), anunciou nesta quinta-feira que vai batizar de “Vereadora Marielle Franco” uma escola pública municipal que será construída em Guaratiba, na zona oeste da cidade. Vereadora eleita pelo PSOL em 2016, com a quinta maior votação do Rio, Marielle Franco foi assassinada na noite de quarta, no centro da cidade, com quatro tiros.

O anúncio foi feito pelo prefeito antes de sair para visita a obras em andamento na cidade. Crivella disse que o “nome dela será perpetuado em uma escola que representa bem as forças que ela, na Câmara dos Vereadores, exercia em favor do povo”, disse, emendando que a intenção é “mostrar a seus assassinos que eles não foram capazes de apagar o nome dela da história do Rio de Janeiro”.

O político do PRB disse ser “paradoxal” o crime ter ocorrido em um momento que o estado sofre uma intervenção federal na área da segurança pública. “Nesse momento, em que estamos sofrendo uma intervenção, é realmente paradoxal. Esperávamos ter mais segurança, mas essa segurança ainda não chegou. Espero que chegue logo, que a gente não tenha que amargurar o que estamos sofrendo agora”, criticou.

A escola que levará o nome de Marielle Franco terá, segundo o prefeito, capacidade para atender 1.000 crianças. As obras estão 70% avançadas e a inauguração se dará “nos próximos meses”. A cidade do Rio de Janeiro está em luto oficial de três dias.

Na noite de quarta-feira, Marielle saía de um evento sobre o aumento de violência contra mulheres negras. Por volta de 21h30, um carro se aproximou do veículo da vereadora e começou os disparos. Quatro tiros atingiram a política do PSOL e outros três vitimaram seu motorista, Anderson Pedro Gomes.

Militante pelos direitos humanos, a vereadora se opunha à intervenção federal no Rio. Era também liderança do movimento negro e crítica da atuação das polícias militares, milícias e facções criminosas no estado.

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