De mentiroso a ex-presidiário, o tudo ou nada de Bolsonaro
Polarização com Lula deu o tom logo do debate, com sete direitos de resposta, mesmo quando a pergunta era entre candidatos sem chance de segundo turno
O primeiro bloco deu o tom do último debate entre os presidenciáveis, na TV Globo. A polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou evidente. Assim com a explícita crítica do candidato do PDT, Ciro Gomes, a Lula. A despeito da tentativa do petista de estimular o voto útil, foi atacado por todos, ainda que fazendo “dobradinha” con outros adversários. O Padre Kelson, que apareceu como adversário depois da impugnação do nome de Roberto Jefferson (PTB). Chamado de candidato-padre e cabo eleitoral de Bolsonaro, pela presidenciável Soraya, provocou risos entre jornalistas de todo o mundo presentes na sala de imprensa.
Entre perguntas e respostas dos quatro adversários fora da polarização, Lula e Bolsonaro seguiram como personagens principais. Foram três pedidos de direito de resposta concedidos a cada um, mesmo em embates que não eram entre si. Entre os temas, o sigilo sobre processos, a corrupção, rachadinha. Os dois adversários chamaram um ao outro de mentirosos, ao ponto de o mediador, William Bonner, pedir calma e espaço para temas nacionais no encontro. Bolsonaro se referiu ao ex-presidente como ex-presidiário. “Tome vergonha na cara, Lula”. A resposta foi igualmente agressiva: “É uma insanidade um presidente da República vir o que ele fala. por isso o povo vai te mandar para casa. Vou fazer um decreto para acabar com o sigilo de 100 anos. por favor, minta menos”, devolveu Lula.