A defesa do cantor sertanejo Gusttavo Lima emitiu uma petição nesta sexta-feira, 27, para justificar a viagem do cantor a Miami. Segundo o documento, são falsas as “especulações midiáticas” que sugerem que o cantor teria viajado para os Estados Unidos para evadir da prisão preventiva.
O documento, assinado por Claudio Bessas, Matteus Macedo, Delmiro Campos, Alberto Pavie Ribeiro e Lucas Fisher, e direcionado ao desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, responsável por revogar a prisão do cantor, diz que a viagem, agendada dias antes da emissão do mandado de prisão preventiva, “foi perfeitamente normal e lícita.”
A cronologia dos fatos, segundo o documento
Gusttavo Lima teria viajado à Miami, onde tem uma casa, no último dia 15 de setembro. Ao chegar lá, a aeronave PS-GSG apresentou problemas e, por isso, ficou numa oficina para passar por manutenção. O cantor retornou ao Brasil no dia 19, em um voo da empresa de aviação executiva Surjet, que, nesse mesmo dia, também foi contratada para uma viagem de retorno aos Estados Unidos, no dia 22.
Os advogados defendem que, devido a existência de uma moradia do cantor em Miami, a viagem é justificável. O principal ponto destacado no documento, contudo, é que o voo foi contratado cinco dias antes da decretação de prisão preventiva, proferida no dia 23 de setembro. “Essa informação é importante, pois o próprio cotejo entre a data do decisum e a data da viagem já afasta qualquer ilação acerca da suposta tentativa de evitar a implementação da prisão cautelar”, diz o documento.
Por que Gusttavo Lima teve a prisão preventiva decretada?
Gusttavo Lima é acusado de integrar uma quadrilha que lavava dinheiro por meio de uma empresa de apostas. A investigação faz parte da Operação Integration, que também analisa a possibilidade de o cantor ter ajudado outros integrantes da organização a fugir do país.
O pedido de prisão preventiva foi emitido no dia 23 de setembro, quando o cantor estava nos Estados Unidos, pela juíza da 12ª Vara Criminal de Pernambuco, Andrea Calado da Cruz. No dia seguinte, no entanto, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, revogou a ordem de prisão, assim como as outras medidas restritivas impostas sobre Gusttavo Lima, acatando o pedido da defesa do cantor.