Defesa de João de Deus recorre ao STF por liberdade do médium
Pedido foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes, mas, em função do recesso do Judiciário, acabou encaminhada ao presidente da Corte, Dias Toffoli
Após ter um pedido de liberdade negado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira 19.
O habeas corpus ao STF foi distribuído nesta quinta-feira, 20, ao ministro Gilmar Mendes, mas, em função do recesso Judiciário, a ação acabou sendo encaminhada para análise do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, responsável pelos processos que chegam durante o plantão.
Nesta quarta, o ministro Nefi Cordeiro, do STJ, negou um pedido de liberdade apresentado pelos advogados do médium, que está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde o último domingo, 16, suspeito de cometer abuso sexual contra mulheres que iam a seu centro espiritual, em Abadiânia (GO). João de Deus foi indiciado pela Polícia de Goiás pelo crime de violência sexual mediante fraude nesta sexta-feira, 21.
Em sua argumentação, Cordeiro sustentou que a prisão preventiva do médium foi autorizada para “resguardar a investigação criminal”.
“A decisão de custódia cautelar contém como fundamento inicial a necessidade de resguardar a investigação criminal, pois, ainda que seja vago o depoimento destacado de uma das vítimas, esta afirmou que eles a alertaram do risco de morte que ela estaria sendo submetida, visto a temeridade que todos têm de João de Deus, pois dizem que ele manda matar todos aqueles que o afrontam”, afirmou o ministro do STJ.