Defesa de Paulo Preto critica cela na PF de Curitiba e pede transferência
Segundo a petição, o local na superintendência da Polícia Federal tem outros 11 presos, é 'insalubre' e o detento não pode 'sentar ou deitar'
A defesa do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza (conhecido como Paulo Preto) preso na Operação Lava Jato, pediu a transferência do detento. Ele está na superintendência da Polícia Federal no Paraná e, segundo o advogado José Roberto Figueiredo Santoro, está detido com outros onze presos em uma sala de nove metros quadrados. O defensor requer que Vieira de Souza vá para o Complexo Médico Penal, em Pinhais (PR).
O ex-diretor da Dersa foi indiciada por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Investigado por supostamente operar 130 milhões em propinas no exterior para políticos do PSDB e agentes da Petrobras, ele cumpre mandado de prisão preventiva expedido na Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato.
Em petição ao juiz Luiz Antonio Bonat, que assumiu a 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pela operação, o advogado ressalta que Paulo Preto “possui 70 anos de idade, reside com sua família em São Paulo, e atualmente, em razão de sua transferência para a DPF/PR, encontra-se preso em uma cela de aproximadamente 9 (nove) metros quadrados, com mais 11 (onze) presos acusados de toda sorte de crimes (inclusive hediondos), em local absolutamente insalubre, onde não é possível nem mesmo sentar ou deitar durante todo o dia e/ou noite”.
Paulo Preto estava preso na Polícia Federal em São Paulo desde o dia 19 de fevereiro deste ano para comparecer às últimas audiências da ação penal em que foi condenado a 145 anos de prisão por desvios de 7,7 milhões de reais na Dersa. Nesta quarta-feira, 13, ele foi transferido para a carceragem da corporação em Curitiba para cumprimento de mandado de prisão preventiva na Ad Infinitum.
O ex-diretor da Dersa afirma que estava vivendo da administração de suas empresas que ainda estão ativas, e se proclama inocente.
(Com Estadão Conteúdo)