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Defesa de suspeitos nega participação de clientes na morte de Marielle

Segundo advogados, Ronnie Lessa nunca ouviu falar da vereadora antes do crime. Já Élcio Queiroz tem álibi de que estaria em outro lugar na hora do fato

Por Jana Sampaio
Atualizado em 13 mar 2019, 18h24 - Publicado em 13 mar 2019, 17h05
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  • Suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz prestam depoimento sobre posse ilegal de armas nesta quarta-feira, 13, na Delegacia de Homicídios. Os suspeitos ainda não foram ouvidos sobre o caso da vereadora Marielle porque foram presos em flagrante por posse de arma. Na casa de Queiroz foram encontradas duas pistolas de uso restrito. Já no caso de Lessa, ele vai responder porque foi apontado como o dono dos 117 fuzis incompletos encontrados em caixas na casa de Alexandre Mota de Souza, no Méier, Zona Norte do Rio. Hoje os investigadores confirmaram que o arsenal pertence a Lessa. A apreensão foi a maior da história do estado.

    O trio deve ser encaminhado até amanhã para uma audiência de custódia e depois retornar para a DH, onde vai prestar depoimento sobre o homicídio de Marielle. A Policia Civil informou que após os depoimentos eles serão encaminhados para o presídio de Bangu 1, na Zona Oeste. No início a expectativa era de que Queiroz e Lessa fossem enviados para o Batalhão Especial da Polícia Militar, em Niterói, mas Queiroz foi expulso da corporação e Lessa é considerado um preso de alta periculosidade.

    As defesas de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de matarem a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, negaram a participação dos clientes no envolvimento do crime. O advogado de Lessa, Fernando Santana, negou inclusive que o sargento reformado da Polícia Militar tenha pesquisado sobre a vida da vereadora, de quem ele nunca teria ouvido falar antes do homicídio. Já o advogado de Élcio, Henrique Telles, afirma que o ex-policial militar tem álibi que comprova que ele estava em outro lugar na hora do crime. Os dois suspeitos passaram a noite em celas individuais da Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

    Desde ontem, 32 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Hoje, seis pessoas (três policiais, um bombeiro e dois empresários) ligadas à Lessa prestaram depoimento na especializada. Foram convocados também comerciantes que trabalham no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, local que Lessa frequentava constantemente.

    Mais cedo, o governador Wilson Witzel (PSC) comentou sobre os rumores do afastamento do delegado encarregado do caso, Giniton Lages. Witzel disse que Lages seria enviado para um intercâmbio na Itália, mas a Polícia Civil ainda não confirma o afastamento.

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