Delação de Funaro: ‘bancada do Cunha’ era comprada com propina
Operador financeiro do PMDB cita 25 deputados que apoiavam o ex-presidente da Câmara em troca de vantagens indevidas milionárias
Lúcio Funaro lista em sua delação premiada o nome de 25 deputados e ex-deputados que fizeram parte do que ele classifica como ‘a bancada do Cunha’ em diferentes legislaturas na Câmara. Conta que a fidelidade ao parlamentar era comprada com dinheiro de propina, o que explica o enorme apoio que o deputado desfrutava na casa, a ponto de ter sido eleito presidente. Entre os citados estão Sandro Mabel, Marcelo Castro, Soraya Santos, Alexandre Santos e Sérgio Souza. Ainda de acordo com o delator, Toninho Andrade, atual vice-governador de Minas Gerais, pediu e recebeu 25 milhões de reais para favorecer as empresas do grupo JBS quando ocupava Ministério da Agricultura do governo Dilma, em 2014.
Andrade se manifestou por meio de nota a respeito da delação de Funaro. “São falsas as informações de que fui destinatário de qualquer recurso oriundo da JBS, jamais tendo tratado de assuntos desse teor com representantes do referido grupo empresarial. Esclareço, ainda, que não tive acesso a tais documentos e que, sobretudo, não sou acusado de nenhum ilícito”, diz o peemedebista.
O conteúdo da delação de Funaro:
Temer recebeu e intermediou propinas
Moreira Franco recebeu R$ 6 mi em propina na Caixa
Geddel recebeu R$ 1 mi da Odebrecht
Joesley Batista prometeu R$ 100 mi por silêncio
Cunha pediu compra de votos por impeachment
Propinas ao PMDB por projetos no Congresso
Medida provisória rendeu R$ 1,5 mi a Eunício
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