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Delegado deixa a Lava Jato e assume corregedoria no ES

Márcio Adriano Anselmo foi responsável pela investigação originária do escândalo de corrupção na Petrobras

Por Da Redação Atualizado em 11 fev 2017, 12h06 - Publicado em 11 fev 2017, 11h49

O delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo vai deixar a Operação Lava Jato, em Curitiba, para assumir a Corregedoria da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo.

Anselmo foi responsável pela investigação originária do escândalo de corrupção na Petrobras – lavagem de dinheiro da família do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010.

O delegado da Lava Jato havia pedido o desligamento da força-tarefa em 2016, motivado “por esgotamento físico e mental causado pelos mais de três anos” em que esteve à frente dos inquéritos da operação, segundo registrou em documento enviado há um mês aos superintendentes da PF em Curitiba e no Espírito Santo, Rosalvo Ferreira Franco e Ildo Gaspareto, respectivamente.

“Tal pedido se dá por questões de natureza pessoal, sem interferência da administração”, afirmou Anselmo aos superiores. O delegado pretendia pedir licença para estudar no exterior, mas recebeu o convite para assumir a Corregedoria da PF no Espírito Santo.

Delegado com mais tempo de Lava Jato na equipe que conduz as investigações em Curitiba, Anselmo afirma no documento que sua saída “não impede de continuar auxiliando nos trabalhos” da operação.

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O delegado foi não só o responsável pela origem do caso, mas também quem prendeu, no dia 19 de junho de 2015, o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, em São Paulo. Ele ainda conduz os inquéritos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Anselmo registrou ainda em documento enviados aos superintendentes que faz parte do seu processo administrativo de indicação ao cargo de corregedor, que “são infundadas algumas manifestações na imprensa no sentido de interferências na investigação, motivadas sobretudo por interesses escusos”.

“Sempre atuei nos casos que presidi com absoluta independência dentro do que me permite a legislação”, escreveu o policial aos superiores.

(Com Estadão Conteúdo)

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