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DHPP apreende armas de policiais envolvidos em ação com 10 mortos

Suspeitos de assalto no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, tinham quatro fuzis, duas pistolas e um revólver; estilhaços deixaram quatro agentes feridos

Por Da Redação
Atualizado em 4 set 2017, 12h52 - Publicado em 4 set 2017, 12h27

As armas dos policiais envolvidos na operação que terminou com dez suspeitos de assalto mortos no Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, na noite de domingo, foram apreendidas e enviadas para o Instituto de Criminalística.

A análise das armas vai servir para esclarecer as circunstâncias das mortes, em inquérito que foi aberto pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). A versão dos policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado), que participaram da ação, é que os suspeitos, surpreendidos, reagiram a tiros e foram mortos durante confronto. De acordo com a polícia, quatro agentes foram feridos por estilhaços.

Com os suspeitos, segundo o Deic, foram apreendidos quatro fuzis, duas pistolas, um revólver, coletes e munição – este material também vai ser periciado. O grupo, que era monitorado pelo Deic, estava em dois veículos  (um Fiat Toro e um Hyundai Santa Fé), e é suspeito de ter participado de dezenas de assaltos na cidade. Os corpos dos dez suspeitos estão passando por perícia no Instituto Médico Legal (IML).

Na noite do confronto, segundo a polícia, eles tentavam roubar uma mansão onde estavam um casal e uma filha. Os bandidos vestiam coletes à prova de bala e foram surpreendidos por viaturas do Deic antes de entrar na residência. Nesse momento, cinco assaltantes foram mortos. Em seguida, iniciou-se uma perseguição que resultou nas outras mortes.

Segundo informações preliminares, o confronto ocorreu no meio da Rua Puréus, deixando moradores assustados. No final da noite, os corpos dos suspeitos foram postos por policiais lado a lado no meio da rua, atraindo a atenção de curiosos. Os mortos seriam moradores da região do Capão Redondo, na zona sul da capital, e de Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

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A VEJA, o ouvidor das polícias de São Paulo, Júlio César Neves, disse ser prematuro fazer análises da ação policial neste momento. No entanto, ele se disse “surpreso” por considerar a mortalidade incomum para uma ação da Polícia Civil. Neves também afirmou já ser possível dizer que a Ouvidoria pedirá ao Ministério Público de São Paulo que apure o ocorrido.

Ninguém do Deic ou do DHPP falou até agora sobre o caso. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública confirma que houve “confronto” entre equipes do Deic e os suspeitos, que se trata de uma quadrilha “responsável por mais de 20 furtos e roubos à residência” e que era investigada há sete meses. O caso será investigado pela 3ª Delegacia de Repressão a Homicídios Múltiplos.

Íntegra da nota da SSP:

A Polícia Civil informa que equipes do Deic, com apoio do Garra, entraram em confronto com os integrantes de uma quadrilha especializada em furtos e roubos a residências, na noite deste domingo (3), no Jardim Guedala, região do Morumbi. Dez criminosos morreram na troca de tiros.

A quadrilha, responsável por mais de 20 furtos e roubos à residência, era investigada pelo DEIC há sete meses e atuava em bairros nobres de capital, especialmente Morumbi e Jardim Europa, e em condomínios de luxo na Grande São Paulo, como Cotia e Barueri.

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A ocorrência foi registrada no DHPP como roubo a residência, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, resistência, apreensão de veículo, homicídio decorrente de oposição à intervenção policial e está sendo investigada pela 3ª Delegacia de Polícia de Repressão a Homicídios Múltiplos.

Veja o local da ação:

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