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Dona de avião em que Temer viajou está proibida de operar no país

Boeing 767 alugado pela FAB foi usado para levar presidente à reunião do G-20, na Alemanha; companhia responsável pela aeronave teve certificado suspenso

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h38 - Publicado em 21 jul 2017, 19h34
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  • A empresa responsável por fornecer um avião de transporte alugado pela Força Aérea Brasileira (FAB) está proibida de funcionar no Brasil. A aeronave modelo Boeing 767 300ER foi usada para transportar o presidente Michel Temer (PMDB) à Alemanha para a reunião do G-20, no início de julho.

    A  empresa Colt Transporte Aéreo S/A está com o Certificado de Empresa de Transporte Aéreo suspenso desde 3 de novembro de 2016, por apresentar “deficiências relacionadas aos sistemas de registro de panes, de treinamentos de funcionários, de controle de itens MEL (Lista de Equipamentos Mínimos) e de execução de tarefas de manutenção”, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A informação foi revelada pelo jornal Folha de São Paulo.

    Ainda de acordo com  o jornal, o governo decidiu que viagens mais longas, que exigirem duas ou três escalas, serão feitas com o Boeing 767, cuja autonomia é melhor que a do Airbus ACJ-319, que ficou conhecido como “Aerolula”, por ter sido comprado durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

    De acordo com a FAB, a suspensão do certificado “em nada afeta o contrato de locação da aeronave, o qual está sendo rigorosamente cumprido e com todos os requisitos operacionais atendidos plenamente e sem interrupção.” O contrato com a Colt tem duração de três anos, prorrogáveis por mais um, e foi assinado em junho do ano passado —meses antes da suspensão. O valor pago pelo aluguel do avião é de 19,777 milhões de dólares e inclui  a manutenção e o seguro da aeronave. 

    Conforme a Força Aérea, a aeronave tem capacidade para 250 pessoas e 38 toneladas de carga e já tem realizou cerca de 800 horas de voo sem incidentes. Ela foi usada para transportar  4.800 militares aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio em 2016. Em outubro, o Esquadrão Corsário (que opera o avião) transportou carga em apoio a militares brasileiros na Missão da ONU no Haiti, após o furacão que atingiu o país, e levou donativos às vítimas da tragédia.

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    Em 2017, a aeronave conduziu médicos a missões humanitárias no Nordeste do Brasil e integrantes do Projeto Rondon, que promove ações sociais e educacionais no Norte do país.

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