Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Dono da JBS gravou Temer dando aval para pagar silêncio de Cunha, diz jornal

'Tem que manter isso, viu?', teria dito o presidente ao saber de mesada para ex-presidente da Câmara, segundo jornal O Globo

Por Da redação
Atualizado em 17 Maio 2017, 21h07 - Publicado em 17 Maio 2017, 19h59

Em acordo de delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República, o dono da JBS Joesley Batista gravou um áudio em que o presidente Michel Temer aparece dando aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo na tarde desta quarta-feira.

Segundo a reportagem, Temer teria indicado na frente de Joesley o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para solucionar um assunto da J&F (holding que controla a JBS), cujo conteúdo não foi revelado. Depois, Rocha Loures teria sido filmado recebendo uma mala com 500.000 reais enviada por Joesley.

Ainda de acordo com o jornal, o empresário teria afirmado a Temer que estava pagando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para eles ficarem calados. Os dois estão presos — Cunha na Operação Lava Jato; e Funaro na Operação Sépsis. Diante desta afirmação, Temer teria dito: “Tem que manter isso, viu?”.

Aos procuradores, Joesley esclareceu que não foi o presidente que determinou os pagamentos a Cunha e Funaro, mas que ele tinha conhecimento do esquema, cujo objetivo era silencia-los. O áudio teria sido gravado na noite do dia 7 de março, quando Joesley se encontrou com Temer no Palácio do Jaburu. O empresário estava com um gravador no bolso.

Para fechar a delação premiada com a PGR, Joesley Batista se prontificou a entregar áudios e vídeos como prova. Outros seis executivos da empresa também participaram do acordo. Segundo o jornal, eles realizaram ações combinadas com os investigadores, que acompanharam de longe os crimes para conseguir o flagrante.

A delação premiada dos executivos da JBS está nas mãos do ministro do STF Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte — cabe a ele homologar o acordo. Na última quarta-feira, os irmãos Joesley e Wesley Batista se reuniram com o ministro para dizer que as revelações à procuradoria foram feitas por livre e espontânea vontade, conforme prevê a legislação.

Continua após a publicidade

 

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

a partir de 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.