O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que irá divulgar nesta quarta-feira 22 um plano para reduzir de forma gradual a quarentena em todo estado a partir de 11 de maio, quando chega ao fim o decreto que determinou a paralisação de serviços não essenciais como forma de combater o avanço do coronavírus.
Em publicação em sua página em uma rede social, o governador ressaltou que as medidas de abertura irão levar em conta os índices de disseminação da pandemia, a situação do sistema de saúde e o distanciamento social. “Todas as medidas estarão alinhadas com o Comitê de Saúde do Centro de Contingência do Coronavírus. A ciência continuará pautando nossa ações”, escreveu o governador.
O decreto que instituiu a paralisação de serviços não essenciais em São Paulo foi publicado em 23 de março com validade de 15 dias. O período de quarentena foi prolongado duas vezes e vale até o dia 10 de maio.
Segundo VEJA apurou, o plano foi arquitetado com a ala econômica do governo e não houve anuência por parte dos gestores estaduais de saúde. O secretariado irá se reunir nesta terça-feira, 21, para discutir os detalhes. A maior preocupação é em relação ao aumento do número de casos confirmados e mortes registradas na capital, que está perto de um colapso no sistema público de saúde. A avaliação é de que é cedo para pensar em afrouxar a quarentena. Por outro lado, Doria tem sido pressionado por empresários a permitir a retomada do comércio e outras atividades econômicas. Antes de adentrar na vida pública, Doria era presidente do Lide, grupo que reúne empresários de todo país.
Nesta segunda-feira, 20, o Estado de São Paulo registrou 14 580 casos confirmados e 1 037 mortes causadas pelo coronavírus. Nos últimos 20 dias, o total de infectados foi multiplicado por cinco vezes. Ainda há cerca de 7 000 testes para serem processados pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência para o coronavírus no estado.