Eleição desperta interesse recorde de brasileiros que vivem fora do país
Como aconteceu em diversas zonas eleitorais no Brasil, eleitores também enfrentaram longas filas em solo estrangeiro
Apontada como uma eleição histórica e com um grau de polarização nunca antes registrado, este domingo, 2, não mexeu apenas com a rotina de quem mora no país. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 697 000 pessoas que vivem no exterior estavam aptos a irem às urnas neste pleito. Este número de eleitores representa um aumento de 39,21% em relação às últimas eleições gerais, em 2018.
Mesmo que ainda não tenham sido apurados todos os registros de votos feitos em seções no exterior, já se sabe que a quantidade de brasileiros votantes representa um número recorde. Durante este domingo, a votação em solo estrangeiro ocorreu em 181 cidades, nas quais os eleitores só puderam registrar sua preferência para presidente da República.
Confira a apuração do resultado das eleições 2022 aqui na Veja
Por conta do fuso horário, às 12h de hoje, já tinha sido concluída a votação em cerca de 60 países. O TSE ainda não divulgou, no entanto, um balanço geral das seções eleitorais fora do Brasil e nem do resultado destas urnas. Resultados extraoficiais, porém, mostram que em Paris, 10º maior colégio eleitoral fora do país, Lula vence com 77,5% dos votos.
Como aconteceu em boa parte das zonas eleitorais brasileiras, no exterior também foram registradas longas filas para votar. Em Portugal, a procura pelas urnas foi tanta que o cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Wladimir Valler Filho, decidiu estender o horário de votação no país até às 20h local (16h no Brasil). Na capital francesa, em alguns pontos, a fila para registrar o voto chegou a mais de dois quilômetros e até três horas de espera. Também foram registradas longas esperas para registrar os votos em Nova York, Londres, Amsterdam, Zurique, Milão, Buenos Aires, entre outros.