Apontada como uma eleição histórica e com um grau de polarização nunca antes registrado, este domingo, 2, não mexeu apenas com a rotina de quem mora no país. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 697 000 pessoas que vivem no exterior estavam aptos a irem às urnas neste pleito. Este número de eleitores representa um aumento de 39,21% em relação às últimas eleições gerais, em 2018.
Mesmo que ainda não tenham sido apurados todos os registros de votos feitos em seções no exterior, já se sabe que a quantidade de brasileiros votantes representa um número recorde. Durante este domingo, a votação em solo estrangeiro ocorreu em 181 cidades, nas quais os eleitores só puderam registrar sua preferência para presidente da República.
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Por conta do fuso horário, às 12h de hoje, já tinha sido concluída a votação em cerca de 60 países. O TSE ainda não divulgou, no entanto, um balanço geral das seções eleitorais fora do Brasil e nem do resultado destas urnas. Resultados extraoficiais, porém, mostram que em Paris, 10º maior colégio eleitoral fora do país, Lula vence com 77,5% dos votos.
Como aconteceu em boa parte das zonas eleitorais brasileiras, no exterior também foram registradas longas filas para votar. Em Portugal, a procura pelas urnas foi tanta que o cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Wladimir Valler Filho, decidiu estender o horário de votação no país até às 20h local (16h no Brasil). Na capital francesa, em alguns pontos, a fila para registrar o voto chegou a mais de dois quilômetros e até três horas de espera. Também foram registradas longas esperas para registrar os votos em Nova York, Londres, Amsterdam, Zurique, Milão, Buenos Aires, entre outros.