Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Em clima tenso, PF tem dois cotados para assumir Superintendência do Rio

Alexandre Saraiva, que comanda corporação no Amazonas, e o delegado Rodrigo Bartolomei têm simpatia do clã Bolsonaro

Por Cássio Bruno Atualizado em 5 Maio 2020, 17h06 - Publicado em 5 Maio 2020, 14h44

Agentes, delegados e peritos da Polícia Federal no Rio de Janeiro estão apreensivos com a troca da chefia da Superintendência da corporação no estado. Nos bastidores, o clima é tenso e de incertezas entre os policiais sobre os próximos passos do presidente Jair Bolsonaro. Em conversas reservadas, há dois nomes cotados para o cargo: Alexandre Saraiva, que, atualmente, comanda a PF no Amazonas, e o delegado Rodrigo Piovesan Bartolomei, responsável, no ano passado, por uma operação para recuperar o celular do hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, em uma favela carioca. Mendonça era então advogado-Geral da União (AGU). Os dois têm a simpatia do clã Bolsonaro.

Ao assumir como diretor-geral da PF, Rolando Souza decidiu mudar a Superintendência do Rio. Carlos Henrique Oliveira ocupava o posto e foi convidado por Souza para diretor-executivo, em Brasília, passando a ser o número dois da corporação, mas o cargo não lida com investigações. A Procuradoria Geral da República (PGR) vai investigar a troca. Embora negue interferência na PF, Bolsonaro tem interesse na mudança, segundo afirmou o ex-ministro Sérgio Moro ao pedir exoneração. A PF identificou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), o filho Zero Dois, como um dos articuladores de um esquema envolvendo a proliferação de fake news.

ASSINE VEJA

Moro fala a VEJA: ‘Não sou mentiroso’
Moro fala a VEJA: ‘Não sou mentiroso’ Em entrevista exclusiva, ex-ministro diz que apresentará provas no STF das acusações contra Bolsonaro. E mais: a pandemia nas favelas e o médico brasileiro na linha de frente contra o coronavírus. Leia nesta edição. ()
Clique e Assine

Em agosto de 2019, Alexandre Saraiva era um dos favoritos para assumir a Superintendência da PF do Rio, ideia que irritou Sérgio Moro e o ex-diretor-geral Maurício Valeixo – ambos achavam que o então chefe Ricardo Saadi preenchia bem os requisitos do posto. Mas o nome de Saadi desagradava a Jair Bolsonaro, que reclamava da produtividade do braço da PF fluminense.

À época, um dos inquéritos em andamento investigava o aumento patrimonial do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o filho Zero Um do presidente. O caso foi arquivado este ano. Durante as negociações, Carlos Henrique Oliveira acabou sendo o escolhido para o cargo depois de um acordo fechado com a própria cúpula da PF.

Continua após a publicidade

Também em agosto do ano passado, Rodrigo Piovesan Bartolomei comandou uma operação em conjunto com a Polícia Militar. A missão era recuperar o celular do ministro André Mendonça. Segundo a AGU, o aparelho havia sido esquecido por Mendonça em um carro de aplicativo e continha informações sigilosas por ser telefone funcional. Ao todo, oito policiais federais, sete policiais militares, duas viaturas da PF e três veículos da PM foram utilizados na ação. Bartolomei e Mendonça são amigos.

Rodrigo Piovesan Bartolomei atuava na Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, mas saiu logo após a operação realizada na favela. Em 2018, o delegado foi nomeado chefe da Divisão de Cooperação Policial Internacional da Coordenação-Geral de Cooperação Internacional da Diretoria Executiva da PF. Ele também trabalhou como delegado em Cuiabá.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.