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Em evento com militares no RJ, Temer evita falar de intervenção

Presidente compareceu a cerimônia para marcar a conclusão do submarino Riachuelo, que integra programa investigado pela Lava Jato

Por André Siqueira
Atualizado em 20 fev 2018, 14h11 - Publicado em 20 fev 2018, 14h10
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  • Em cerimônia quer marcou o início da montagem final do submarino Riachuelo, nesta terça-feira (20), em Itaguaí (RJ), o presidente Michel Temer (MDB) evitou falar sobre a intervenção federal na segurança pública do estado decretada na última sexta.

    “Estamos abrindo novas fronteiras para a nossa ciência, para a nossa matriz energética, construindo autonomia tecnológica e empregos de qualidade”, disse o presidente nesta terça-feira a uma plateia de militares. “Não foram poucos os avanços nos últimos tempos, também em termos de ordem”, completou.

    No mesmo evento, o governador do Luiz Fernando Pezão (MDB) defendeu que o combate à violência só será eficaz se houver crescimento econômico e geração de empregos. ”A gente só ganha a guerra da segurança pública com a carteira de trabalho assinada, algo que todos os trabalhadores querem ter”, disse.

    O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha (Prosub) é uma parceria firmada entre Brasil e França. O Riachuelo é o primeiro dos quatro submarinos convencionais (com motores diesel-elétricos) que estão sendo construídos no Estaleiro e Base Naval de Itaguaí. O submarino deve ser lançado ao mar no segundo semestre.

    Lava jato

    Sob investigação da Lava Jato por causa da participação da Odebrecht, o programa está quatro anos atrasado. Após a cerimônia, o comandante da Marinha, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, disse, entretanto, que os atrasos foram causados por cortes orçamentários e aspectos técnicos.

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    “A Lava Jato em nenhum momento interferiu. O programa está sendo extremamente monitorado e controlado, com auditorias constantes”, disse o comandante. Ele confirmou, ainda, que houve um aumento de cerca de 20% nos custos previstos inicialmente (cerca de R$ 30 bilhões), mas que a diferença em euros não é muito grande. “O projeto inicial era muito superficial”, justificou.

    O comandante da Marinha não quis detalhar a atuação de fuzileiros na intervenção federal na segurança do Rio, iniciada no fim de semana. Disse que militares estão participando de operação nesta terça-feira na Favela Keslon’s, na zona norte do Rio, e que deverão ser desencadeadas ações na Baía de Guanabara. Ele afirmou, contudo, que o Exército é quem está concentrando as informações.

    (com Estadão Conteúdo)

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