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Em Manaus, 40 presos são encontrados mortos em presídios nesta segunda

Secretaria de Administração Penitenciária do estado diz que mortes ocorreram por enforcamento em três unidades prisionais. No domingo, 15 foram assassinados

Por Redação
Atualizado em 28 Maio 2019, 16h16 - Publicado em 27 Maio 2019, 19h22

O governo do Amazonas confirmou que 40 presos foram encontrados mortos em celas de três presídios do estado nesta segunda-feira, 27. Inicialmente, foi divulgado um total de 42 óbitos, mas no fim da noite o número foi revisado. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), aos menos quatro detentos feridos estão hospitalizados.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), as mortes ocorreram por enforcamento no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM I), todos em Manaus.

Agentes do Grupo de Intervenção Prisional (GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar fazem revista e recontagem dos presos. Um inquérito será aberto para investigar os homicídios.

Mortes no Compaj

No domingo 26, quinze detentos foram mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, por volta das 12h30. Segundo a Secretaria de Comunicação do Governo do Amazonas, os óbitos ocorreram durante uma briga entre os presos durante o horário de visitas. A situação foi controlada por volta das 15 horas, mas a falta de informações deixou familiares sob tensão na entrada do complexo. A unidade é a mesma onde, em 2017, aconteceu um massacre com 56 mortos.

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Nesta segunda-feira, a Seap confirmou que todos os mortos foram identificados e seus corpos liberados para as famílias. Em razão do ocorrido ontem, a secretaria aplicou uma série de medidas administrativas em todas as unidades prisionais do estado, entre elas, a suspensão das visitas.

O defensor público-geral do Amazonas, Rafael Barbosa, disse hoje que a suspensão visa a garantir a integridade dos presos e de seus parentes. Barbosa também afirmou que a principal suspeita das autoridades estaduais é que o conflito entre os presos esteja ligado à disputa de facções criminosas.

“Acho bem prudente a conduta da secretaria de evitar [as visitas], pelo menos por enquanto. Até que as investigações sejam finalizadas e saibamos o que de fato aconteceu”, disse o defensor público-geral.

(com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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