Em meio à crise na Rocinha, Pezão anuncia fundo para a segurança
Governador planeja usar royalties do pré-sal e até dinheiro privado para financiar ações de combate à violência; polícia mata três traficantes e prende nove
Por Da Redação
24 set 2017, 19h32
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciou neste domingo (24) a criação do Fundo de Segurança, que terá recursos da arrecadação de royalties do pré-sal e até da iniciativa privda. O projeto de lei com a proposta, segundo ele, será enviado esta semana à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
“Dos 10% [de royalties] que vão para o Fundo de Conservação Ambiental (Fecam), vamos repassar 5% para a segurança pública e garantir a integração com a prefeitura nas operações Segurança Presente e a melhora das condições de trabalho das polícias Militar e Civil”, disse Pezão. Segundo estimativas do governador, o fundo deverá ter R$ 197 milhões para a área de segurança
De acordo com Pezão, o fundo também poderá receber aportes da iniciativa privada para apoiar ações de segurança pública no estado. “Além disso, o projeto vai permitir melhorar o programa das UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora], inclusive disponibilizando recursos para ações sociais nas comunidades”, disse.
Pezão anunciou a criação do fundo durante entrevista coletiva de lançamento do calendário turístico do Rio de Janeiro. Durante a solenidade, que ocorreu no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, palco do Rock in Rio, Pezão disse que as forças estaduais de segurança permanecerão na favela “por tempo indeterminado”.
Rocinha
Um dia após o cerco feito por 950 homens das Forças Armadas à favela da Rocinha, na zona sul do Rio, três traficantes foram mortos e nove suspeitos presos em operações militares e policiais. Dezenove fuzis e nove granadas também foram apreendidos, segundo balanço da Secretaria de Segurança. A chegada das tropas, porém, não inibiu novos tiroteios na comunidade ao longo do dia. Ainda houve confrontos em outras regiões da cidade.
Entre os detidos, está o traficante Luiz Alberto de Moura, conhecido como Bob do Caju, acusado de planejar o ataque à Rocinha no domingo anterior (17). Ele foi capturado por policiais civis na Ilha do Governador, na zona norte. Outros quatro suspeitos, supostamente ligados ao bando de Antonio Bonfim Lopes, o Nem, um dos chefes dos grupos em guerra na Rocinha, foram presos pela Polícia do Exército ao tentar entrar na comunidade de carro. À tarde, em outras ações policiais, três suspeitos foram mortos no Alto da Boa Vista, na zona norte, e mais cinco, presos.
Dos fuzis, a maioria (dez) foi achada por policiais civis em um carro no Caju, área dominada pelo bando de Bob. O armamento seria levado ao Morro do São Carlos, na região central, para bandidos que agiriam na Rocinha. Essas armas já teriam sido usadas na invasão do último domingo e voltado ao Caju por causa das operações.
Nenhum fuzil havia sido encontrado nas três operações conjuntas de militares e polícias desde a chegada das tropas. O total de drogas apreendidas não foi divulgado.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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VEJA Mercado – terça, 12 de novembro
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