Em meio à pandemia de coronavírus pelo mundo, manifestantes ignoraram contraindicações de ir a lugares com grandes aglomerações e participaram de atos pró-governo neste domingo, 15, pelo Brasil. De início, as manifestações, a maioria com algumas centenas de pessoas, haviam sido convocados contra o Congresso, com a ideia de que a instituição atrapalha os trabalhos do Executivo.
O próprio presidente Jair Bolsonaro fez, na sexta-feira, um pronunciamento na TV, pedindo que a população não fosse às ruas, por segurança de saúde – ao mesmo tempo em que defendeu as iniciativas como “legítimas” e “expressões da liberdade”.
Entretanto, Bolsonaro, neste domingo, deu mau exemplo ao interromper seu isolamento, já que espera um segundo exame para o coronavírus, e participou de ato em sua defesa na capital federal. Apertou a mão de diversas pessoas e pegou os celulares de seus apoiadores para tirar selfies. Além disso, usou suas redes sociais para exaltar manifestações pelo país.
Em Brasília, o público ignorou um decreto estatual que proibia reuniões com mais de 100 pessoas e saiu de casa vestindo verde amarelo e com bandeiras do Brasil. Cartazes traziam mensagem contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Eles marcharam pela Esplanada dos Ministérios até o gramado em frente ao Congresso Nacional.
No Rio de Janeiro, a manifestação ocorreu próxima à praia de Copacabana. Em São Paulo, os apoiadores ocuparam a Avenida Paulista, bloqueando um trecho da via (o programa Ruas Abertas foi cancelado na região por conta da epidemia). Havia cartazes com mensagens como: “o bem vence o Maia”, ‘intervenção militar já”, “Congresso inimigo do Brasil” e “o vírus que mais mata é a corrupção”.
Ocorreram atos ainda em cidades como Campinas, Belém, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Maceió, entre outras.
(Com Agência Brasil)