O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 21, que o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEx) irá aumentar a produção de cloroquina, medicamento que está sendo administrado em pacientes que apresentam quadro grave de coronavírus ainda em caráter experimental.
A medida foi anunciada em um vídeo divulgado nas redes sociais. Na sequência, Bolsonaro informa que profissionais do hospital Albert Einstein, em São Paulo, têm avaliado um protocolo de pesquisa para o uso do medicamento nesses casos.
A cloroquina é usada no Brasil para tratamento de artrite, lúpus e malária e tem sumido das farmácias após divulgação do uso contra o coronavírus. Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que, apesar dos resultados dos testes em relação a nova doença, “não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento”.
Diante da explosão de mensagens trocadas via whatsapp a respeito da eficácia do medicamento, o HCor esclarece que “não há nenhum protocolo no hospital para utilizar hidroxicloroquina e azitromicina associados no ‘tratamento e cura’ do Covid-19. Trata-se de ‘fake news’, que está sendo disseminada de forma irresponsável envolvendo o nome da instituição. O HCor repudia de forma veemente essa atitude, que presta um desserviço à população e gera falsas expectativas.”
A Prevent Senior anunciou nesta sexta-feira o início de um estudo com a cloroquina e a azitromicina em pacientes com Covid-19.
Neste sábado, a Anvisa restringiu a venda da cloroquina e enquadrou a substância como remédio de controle especial. Ou seja, a partir de agora, os médicos terão que fazer a prescrição dessas substâncias em receita branca especial, em duas vias. Mas os pacientes que usam esses medicamentos ainda podem continuar usando sua receita simples pelos próximos 30 dias.