Flávio Bolsonaro sugere aos EUA atacar barcos com drogas na Baía de Guanabara
'Não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando?', pergunta senador em post do secretário de Defesa, Pete Hegseth, com embarcação explodida no Pacífico
Em publicação feita nesta quinta-feira, 23, nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugere, em comentário no post do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que o governo americano ataque militarmente barcos com drogas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. O comentário foi feito em um post no qual o membro da cúpula da administração Donald Trump publica um vídeo de um barco supostamente com drogas sendo explodido no Oceano Pacífico.
A publicação do parlamentar brasileiro ocorre em meio ao aumento dos ataques do governo Trump contra embarcações supostamente com drogas no Oceano Pacífico e no mar do Caribe, nas proximidades da Venezuela. “Que inveja! Ouvi dizer que há barcos como este aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”, publicou o senador ao republicar o vídeo do secretário de Defesa.
Na publicação, Hegseth cita que a inteligência do governo americano identificou e sabia que “a embarcação estava envolvida no contrabando ilícito de narcóticos, transitava por uma rota conhecida de narcotráfico e transportava entorpecentes”. Três suspeitos estavam no barco e morreram.
Um dos alvos dos Estados Unidos é o Tren de Aragua, facção criminosa originária da Venezuela. Trump teria, inclusive, ordenado que o governo americano realizasse ataques contra o ditador venezuelano Nicolás Maduro, que teria envolvimento com o bando criminoso. A facção venezuelana tem atuação no Brasil e já vendeu armas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Tren de Aragua atua com tráfico de drogas, extorsão, prostituição e contrabando de pessoas (coiotes, comuns na América Central). A atuação da organização criminosa ocorre, até o momento, em Roraima, Amazonas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre lavagem de dinheiro, tráfico e prostituição, a organização criminosa tenta permanecer próxima de fronteiras do Brasil com os países de língua espanhola, o que facilita o trâmite de novas ações criminosas. Os líderes do bando estão foragidos e são procurados pelo governo Trump.







