São retomadas buscas pelas vítimas do desabamento da ponte do Rio Tocantins
Equipes de resgate voltam às atividades de mergulho, depois que sensores foram instados nos pilares da ponte, para evitar riscos de novos desmoronamentos
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Atualizado em 28 dez 2024, 14h02 - Publicado em 28 dez 2024, 13h49
Mergulhadores da Marinha já localizaram duas carretas, uma caminhonete, uma moto e um carro que caíram da ponte Juscelino Kubitschek, principal ligação entre os estados de Maranhão e Tocantins, que desabou, no último domingo, 22. As buscas por desaparecidos foram interrompidas temporariamente, depois que o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte identificou movimentação na estrutura dos dois lados, o que poderia resultar em novos desabamentos e alto risco às equipes de mergulho. Assim que providenciaram a instalação de sensores, os mergulhos foram retomados. Ao longo do leito do rio, socorristas não pararam de vasculhar a superfície com jet ski, desde o dia do desastre.
Até aqui, as equipes de resgate acharam nove corpos, oito pessoas estão desaparecidas e uma pessoa com vida. Além de mergulhadores dos dois estados envolvidos, uma equipe do Rio de Janeiro foi deslocada para ajudar. Há mais de 70 socorristas no local, segundo a Marinha. Durante a manhã deste sábado, houve o anúncio que mais um corpo teria sido encontrado, mas logo em seguida a informação foi retificada.
Trata-se de uma operação arriscada. Além da instabilidade da estrutura, as águas são turvas e um grande número de ferros que se soltaram da ponte, que podem funcionar como armadilhas para os mergulhadores. A Petrobrás e a Traspetro disponibilizaram robôs de inspeção de dutos, com câmera de alta resolução, operado por técnicos remotamente. Entre os equipamentos disponibilizados, um sonar com capacidade de gerar imagens de alta resolução do fundo do rio. A Marinha levou uma câmera hiperbárica, além de outros equipamentos para mergulhos profundos, que acontecem entre 20 e 60 metros.
Água permanece com qualidade de consumo
Sabe-se que dos 10 veículos que caíram no rio, três são caminhões que transportavam cerca de 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão ainda não detectou nenhuma anormalidade na qualidade da água. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico emitiu parecer técnico que não há risco de consumo, mas as populações ao redor foram alertadas para não ter contato direto com a água do rio.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que as empresas transportadoras já foram notificadas para que removam todo o material submerso no rio Tocantins, o que deve levar entre 15 e 30 dias.
(Com Agência Brasil)
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