Força Nacional deixa as operações de busca por fugitivos em Mossoró
Dupla escapou do presídio em 14 de fevereiro e segue foragida. Ministério decidiu não prorrogar o uso dos agentes
Os cerca de 500 agentes da Força Nacional deixaram no sábado 30 as buscas pelos dois fugitivos que escaparam do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro. Depois de mais de quarenta dias de procura, os criminosos ainda não foram recapturados.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou que decidiu não prorrogar a permanência no Rio Grande do Norte da força-tarefa, convocada em apoio à Polícia Federal. Assim, a operação de buscas entra numa segunda fase, focada em ações de inteligência.
De acordo com André Garcia, secretário Nacional de Políticas Penais, “neste momento, o mais importante é o foco nas investigações da Polícia Federal, mas com a permanência de forças locais, com intensa atuação das polícias Militar e Civil”.
No último dia 20 de março, o Ministério da Justiça havia prorrogado a presença da Força até a sexta-feira 29 para captura de Deibson Nascimento e Rogério Silva. Desde o dia 14 de fevereiro, a cidade de Mossoró e os municípios próximos convivem com o reforço policial, cães farejadores, buscas e a expectativa de prisão. Os foragidos chegaram a fazer reféns na região e pelo menos sete pessoas foram presas, suspeitas de ajudar os criminosos na fuga.
Os dois detentos usaram ferramentas que encontraram, largadas dentro da penitenciária federal, para abrir o buraco por onde fugiram. Por isso, o Ministério da Justiça abriu um processo contra a construtora responsável pela reforma no pátio do presídio federal de Mossoró. Um processo administrativo e um inquérito da Polícia Federal foram instaurados para apurar as circunstâncias e responsabilidades pela fuga.
(Com Agência Brasil)