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G20 precisa discutir jornadas de trabalho mais equilibradas, diz Lula

No encerramento do G20 Social, presidente afirma que governos precisam romper dissonância entre a “voz dos mercados” e a “voz das ruas”

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 nov 2024, 15h37
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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado, 16, no encerramento do G20 Social, no Rio de Janeiro, que o grupo das 20 maiores economias do mundo precisa discutir uma série de medidas para “reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas”.

    “A presidência brasileira do G20 deixará um legado robusto de realizações, mas ainda há muito por fazer para melhorar a vida das pessoas. Para chegar ao coração dos cidadãos comuns, os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a ‘voz dos mercados’ e a ‘voz das ruas’”, disse Lula.

    A declaração do petista coincide com a crescente repercussão em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca dar fim à escala de trabalho 6 x 1 – seis dias seguidos de trabalho e um de folga – e, ao menos na versão original da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), instituiria a jornada de quatro dias de trabalho para três de folga.

    Recentemente, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a redução da jornada de trabalho é uma “tendência” em todo o mundo.

    Lula enfatizou em seu pronunciamento que, pela primeira vez na trajetória do G20, a sociedade civil de várias partes do mundo, em suas mais diversas formas de organização, reuniu-se para formular e apresentar suas demandas à cúpula de líderes do grupo.

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    “Nos 16 anos desde a primeira cúpula, o G20 se consolidou como o principal fórum de cooperação econômica mundial e como importante espaço de concertação política. Mas a economia e a política internacional não são monopólio de especialistas e nem de burocratas. Elas não estão só nos escritórios da Bolsa de Nova York ou da de São Paulo, nem só nos gabinetes de Washington, Pequim, Bruxelas ou Brasília”, disse.

    Segundo o petista, as organizações e movimentos que integram o G20 Social ajudará a presidência brasileira a impulsionar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a tributação dos super-ricos; a garantir o cumprimento das metas de triplicar o uso de energias renováveis e antecipar a neutralidade de emissões; e a levar adiante o “Chamado à Ação pela Reforma da Governança Global”.

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