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Governador do RN diz que Alcaçuz será desativada: “em breve”

Fechamento dependerá da conclusão das obras de três outras prisões; ao todo, 56 presos fugiram e apenas quatro já foram recapturados

Por Da redação
Atualizado em 26 jan 2017, 09h30 - Publicado em 26 jan 2017, 09h27
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  • O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), declarou nesta quarta-feira que a penitenciária estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, será desativada “em breve”. Os números mais recentes divulgados pelo governo sobre Alcaçuz totalizam 56 fugitivos, quatro recapturados, 26 mortos e dez feridos.

    Segundo Faria, o fechamento dependerá da conclusão da construção das prisões de Ceará-Mirim, Afonso-Bezerra e Mossoró. As três unidades, juntas, terão capacidade de receber 2.200 presos, o que reduziria, mas não eliminaria, o déficit de vagas no sistema prisional potiguar.

    Alcaçuz foi palco de uma rebelião que teve início no dia 14 de janeiro. Os presos passaram a controlar o interior da unidade e iniciaram um confronto entre as facções rivais que atuam na penitenciária, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime. O governo tenta, aos poucos, retomar o controle do presídio. Uma das ações planejadas é a construção de um muro para separar as duas facções e evitar novos conflitos. A solução, segundo o governo, é a “médio e longo prazo”, sem especificar quando Alcaçuz será desativada.

    Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, o muro definitivo deverá ficar pronto em pouco mais de quinze dias. As placas pré-moldadas já foram encomendadas e, segundo o fabricante, devem ser entregues em cerca de dez dias, com a instalação demorando mais dois ou três dias, se não houver nenhum impedimento. Enquanto o muro não é erguido, contêineres fazem a separação dos grupos rivais.

    Medidas emergenciais

    Antes de ser desativada, a penitenciária receberá uma cerca posicionada a 50 metros do muro para evitar que sejam jogadas armas e drogas, dentre outros objetos, para dentro do presídio. Além disso, um sistema de iluminação será instalado para reforçar a segurança da área externa do local. O governo também anunciou a construção de 50 módulos habitáveis para alocar os detentos.

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    Cada unidade terá capacidade para 20 presos, totalizando 1.000 vagas. A medida se dá em caráter emergencial, uma vez que as portas das celas do presídio foram destruídas. Na segunda-feira, Robinson Faria já havia anunciado outras ações para Alcaçuz. Além da cerca, o Governo pretende implantar um sistema de videomonitoramento, reparar três guaritas e fazer a limpeza da vegetação do entorno.

    (Com Agência Brasil)

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