Governador se diz surpreso com convocação de militares por Temer
Rodrigo Rollemberg (PSB) diz que iniciativa é ‘medida extrema adotada sem conhecimento prévio e nem anuência do governo de Brasília e sem respeitar a lei’
Por Da Redação
24 Maio 2017, 21h45
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), criticou o presidente Michel Temer (PMDB) por convocar militares das Forças Armadaspara atuar na segurança durante o protesto desta quarta-feira e taxou a iniciativa de “medida extremada adotada sem conhecimento prévio e sem anuência do governo de Brasília e sem respeitar os requisitos da lei”.
Segundo ele, a Polícia Militar do DF agiu de acordo com o Protocolo Tático Integrado, assinado pelos governos federal e distrital no mês passado em que a segurança dos prédios públicos federais ficou sob a responsabilidade da União. “Em todas as 151 manifestações nos últimos dois anos, as forças de segurança federal e distrital agiram de maneira integrada e colaborativa. Em todas as ocasiões, a PM agiu com eficácia e eficiência, demonstrando estar plenamente apta ao regular desempenho de sua missão constitucional”, disse.
Ele criticou a decisão unilateral de Temer. “Para surpresa do governo de Brasília, a Presidência da República decidiu, na tarde de hoje, recorrer ao uso das Forças Armadas, medida extrema adotada sem conhecimento prévio e nem anuência do governo de Brasília e sem respeitar os requisitos da Lei Complementar nº 97, de 1999 (artigo 15, parágrafos 2º e 3º)”.
A decisão de Temer ocorreu quando ao menos três ministérios haviam sido incendiados – o caso mais grave envolveu o Ministério da Agricultura – e vários outros depredados, o que levou o governo federal a dispensar os servidores para garantir sua segurança. Neste momento havia vários confrontos entre manifestantes e a PM, que usou bombas de gás e de efeito moral, além de cassetetes e cavalos para dispersar os participantes do protesto.
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No total, foram 49 feridos e sete presos. Em um dos confrontos, registrado em vídeo divulgado pelo jornal O Globo, policiais militares atiram na direção de manifestantes – apesar do som dos disparos, não é possível dizer se eram balas de verdade. Rollemberg disse que “eventuais excessos serão rigorosamente apurados”.
Sobre as depredações, o governador diz que “lamenta os episódios ocorridos (…), quando alguns grupos agiram com violência, depredando o patrimônio público e privado”. Para ele, “os fatos de hoje em Brasília retratam a grave crise política do país”. “Não é a violência e nem a restrição de liberdade que a resolverão. A solução virá do estrito respeito à Constituição e às leis em vigor”, disse.
Desde o surgimento das acusações contra Temer, na esteira da delação do empresário Joesley Batista e outros executivos do grupo JBS, há uma semana, o PSB de Rollemberg foi o único partido da base que rompeu com o governo.
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