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Witzel celebra permanência de Mandetta na Saúde: ‘Graças a Deus’

Adversário político do presidente, governador do Rio de Janeiro afirmou que Jair Bolsonaro entendeu a gravidade do coronavírus

Por Cássio Bruno Atualizado em 7 abr 2020, 13h52 - Publicado em 7 abr 2020, 13h38

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seu adversário político, entendeu a gravidade da contaminação da população pelo coronavírus no país. Em entrevista coletiva no Palácio Guanabara, Witzel deu “graças a Deus” pela permanência do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na pasta em meio à crise que quase acabou em demissão na segunda-feira após divergências com o Bolsonaro no trabalho de combate à Covid-19.

“Graças a Deus, o Mandetta ficou”, disse Witzel. “O presidente já entendeu a gravidade. O momento é de união e de evitar o choque de opiniões. A população não pode ficar confusa”, completou o governador referindo-se à briga, nos bastidores, entre Bolsonaro e Mandetta. O secretário de Saúde de Witzel, Edmar Santos, também defendeu o ministro.

Witzel foi um dos governadores que mais atacou Bolsonaro durante a pandemia junto com o de São Paulo, João Doria (PSDB). Em março, Witzel publicou decreto que estabeleceu uma série de medidas restritivas para o combate ao coronavírus no estado do Rio. O presidente, por sua vez, repreendeu e falou em haver uma “histeria”. “Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos”, ressaltou Bolsonaro à época.

O governador do Rio afirmou também que vai discutir com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um projeto de lei que multe a população por desobediência ao isolamento social. No último fim de semana, muitas pessoas foram vistas na orla das praias, por exemplo, e nas ruas. “Não estão entendendo o momento de gravidade que nós estamos passando”, alertou.

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Witzel anunciou ainda a flexibilização da quarentena em municípios do estado onde ainda não foram confirmados casos de pessoas com Covid-19. A medida, segundo ele, não valerá para a capital, Baixada Fluminense e Sul Fluminense. Das 92 cidades, 41 têm pacientes com a doença de acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde. O governador lembrou, no entanto, que as prefeituras terão de fazer barreiras sanitárias para evitar a circulação de moradores de um município para o outro. “Se surgirem casos nessas localidades que ainda não registraram coronavírus, elas voltam para o isolamento”, afirmou.

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