Com salário atrasado, agentes carcerários do Rio entram em greve
Paralisação envolve 4.500 servidores responsáveis por cerca de 57 mil detentos; categoria decide não receber novos presos e suspender audiências judiciais
Os 4.500 agentes penitenciários responsáveis por vigiar os 57 mil detentos que estão nas 52 unidades prisionais do Rio de Janeiro entraram em greve a partir da 0h desta terça-feira. A paralisação por tempo indeterminado foi decidida durante assembleia nesta segunda-feira. Além de melhorias nas condições de trabalho, os agentes reclamam o pagamento de horas extras e gratificações atrasadas – algumas desde 2015 -, além dos salários de dezembro e do 13º.
Segundo Gutemberg de Oliveira, presidente do sindicato da categoria, serão mantidos apenas os serviços essenciais, como alimentação e tratamentos de saúde. As visitas estão suspensas e nenhum preso será conduzido a audiências judiciais. Os agentes também não vão receber pessoas presas pela Polícia Civil.
“A gente não recebe salários nem tem condições mínimas de trabalho. Vivemos o tempo todo sob risco, em situação cada vez mais precária”, diz Oliveira.
Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima segunda-feira, o que deve levar a paralisação a durar ao menos sete dias.
(Com Estadão Conteúdo)