Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Investigações em MG devem resultar em denúncia por homicídio, diz promotor

166 pessoas morreram e há outras 155 desaparecidas desde o dia da tragédia em Brumadinho, no dia 25 de janeiro

Por Estadão Conteúdo
13 fev 2019, 21h44
  • Seguir materia Seguindo materia
  • As investigações sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho caminham para que, ao seu fim, seja apresentada denúncia por homicídio. Somente ao término do trabalho da força-tarefa que apura a tragédia, porém, será possível saber se culposo ou doloso, e a quem será imputado o crime.

    “Para mim, o homicídio está muito claro”, afirma o promotor André Sperling, que responde pela Coordenação de Inclusão e Mobilização Social (Cimos) do Ministério Público de Minas Gerais, e participa da força-tarefa que apura o rompimento da estrutura. Segundo o último relatório do Corpo de Bombeiros, 166 pessoas morreram e há outras 155 desaparecidas desde o dia da tragédia, em 25 de janeiro.

    O promotor pontua, no entanto, que a parte criminal das investigações está a cargo da promotoria em Brumadinho, que dará o teor final da denúncia que deverá ser apresentada ao término das apurações.

    “O que se sabe é que havia risco acima do padrão aceitável (para o rompimento da barragem). Não era algo público. O melhor caminho talvez fosse a evacuação. Há indícios claros que a Vale sabia que os riscos estavam aumentando”, afirmou o promotor. “Ainda não há quem são exatamente os responsáveis. É complexa a investigação” ponderou. O representante do MP disse ainda que as investigações serão concluídas “o mais rápido possível”.

    A imputação de homicídio doloso, em que se assume o risco de matar, caberá na hipótese de ficar comprovado que funcionários da empresa tinham total conhecimento de que a represa poderia ruir, e nada fizeram para retirar as pessoas da área que acabou sendo inundada pela lama vazada da estrutura. Por outro lado, caso a conclusão seja que funcionários da empresa não tinham consciência de que a barragem poderia se romper, a imputação seria de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

    Continua após a publicidade

    Negociações

    O Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, defensorias, a Advocacia Geral do Estado, representantes do atingidos por barragens e movimentos sociais e a Vale têm nova audiência nesta quinta, 14, na Justiça para tentativa de assinatura de termo que prevê ações emergenciais em Brumadinho. Em audiência na semana passada, a empresa se recusou a assinar o termo, que tem 40 medidas.

    A justificativa apresentada pela mineradora é que precisaria de mais tempo para análise do termo. Desde a última quarta-feira, 6, data da primeira tentativa de assinatura do documento, outras quatro reuniões foram realizadas com a Vale. “Estamos tentando fazer com que aceitem, que se comprometam a tomar as medidas emergenciais da forma que entendemos corretas”.

    Para o promotor, algumas medidas são mais simples. “Como consertar estradas. Outras, como fazer o levantamento das pessoas atingidas, do que essas pessoas precisam, isso a Vale não pode fazer”. O promotor contou que a mineradora tentou, logo depois da tragédia em Brumadinho, utilizar no município esquema semelhante ao adotado em Mariana, tendo a Fundação Renova pela frente.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.