Sem ter chegado em momento algum perto dos 70% considerados ideais pelas autoridades sanitárias, o isolamento social no Brasil em meio à pandemia do novo coronavírus atingiu o seu maior índice em abril, logo no início da medida, com 46,1% dos brasileiros isolados, e, de lá para cá, recuou mês a mês até chegar a 37,5% em setembro, menor índice até agora. Os números foram levantados pela Inloco, plataforma de geolocalização que coleta informações de uma base de 60 milhões de celulares, e representam o movimento vivido pelo país, que está em processo gradual de retomada das atividades em todos os estados.
Em maio, de acordo com os dados, o índice de isolamento no país recuou levemente, passando a 44,2%, e teve em seguida sua maior queda até agora, para 40,6% em junho. Em julho e agosto, o índice se manteve estável, em 39,2% e 39%, respectivamente.
Os estados com a maior média de isolamento entre 1º de abril e 22 de setembro, última terça-feira, são Acre (44,8%), Amapá (44,3%), Amazonas (43,7%), Ceará (43,5%) e Rio de Janeiro (43,1%). As unidades da federação que apresentaram as menores médias, segundo a Inloco, são Distrito Federal (35%), Tocantins (37,2%), Goiás (38,1%), Minas Gerais (39,4%) e Mato Grosso do Sul (39,3%).
Entre abril, mês com a maior média nacional de isolamento, e setembro até o momento, os estados que tiveram as maiores reduções no isolamento foram Amazonas (-14,1 pontos porcentuais), Rio de Janeiro (-11,9 pontos porcentuais), Pernambuco (-11,5 pontos porcentuais), São Paulo (-11 pontos porcentuais) e Paraná (-10,2 pontos porcentuais).
Já os estados com as menores variações em relação a abril foram Tocantins (-4,8 pontos porcentuais), Mato Grosso (-5,6 pontos porcentuais), Sergipe (-6,4 pontos porcentuais), Mato Grosso do Sul (-6,5 pontos porcentuais) e Piauí (-6,9 pontos porcentuais).
(Com reportagem de Thaís Gesteira)