Jovem baleada pela PRF no Rio deixa o CTI e já consegue se comunicar
Estado de saúde de Juliana Leite Rangel, de 26 anos, é estável

Baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal na véspera de Natal, a jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, teve uma evolução em seu quadro clínico e deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) no último sábado, 26. Agora, já consegue se comunicar bem e caminhar com auxílio, segundo a secretaria de Saúde da cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. É lá, no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, que ela está internada desde o dia em que foi atingida pelos disparos contra o carro em que estava com sua família.
O atual estado de saúde da jovem é bom. Ela apresentou “boa estabilidade clínica, hemodinâmica e respiratória na última semana” e está “acordada, lúcida, interagindo bem e se comunicando”. Juliana também realiza fisioterapia respiratória e motora, de modo que consegue caminhar com auxílio. Ela também é acompanhada por uma equipe de fonoaudiologia por ter feito um “processo de retirada da cânula de traqueostomia”, o que vinha dificultando sua fala. Agora, durante a recuperação, já é possível ouvir novamente suas primeiras palavras.
“Do ponto de vista neurológico, a paciente não apresentou novos sintomas, sem novos déficits e em processo de reabilitação, com alta pela equipe da neurocirurgia. Segue respirando através da traqueostomia, porém já tendo conseguido completar o processo de desmame, não dependendo mais do suporte de ventilação mecânica desde 17/01, nem para fisioterapia respiratória”, completa a nota.

Atingida na cabeça por um disparo, Juliana estava no carro com a família na Rodovia Washington Luis (BR-040), na altura da cidade de Duque de Caxias. Ela ia até a casa de parentes em Niterói, para a noite de Natal. Ao ser internada, esteve em estado gravíssimo. O veículo em que ela estava foi alvejado por tiros disparados por agentes da PRF.
De imediato, os agentes envolvidos no caso foram afastados da corporação. Eles costumavam atuar em tarefas administrativas, mas estavam nas ruas em razão do plantão de fim de ano. Os policiais usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos para perícia.