Juiz que era braço-direito de Teori na Lava Jato vai deixar o STF
Último ato de Márcio Schiefler foi ir a Curitiba na semana passada confirmar a delação premiada de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira
Tido como o principal assistente do ministro Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz auxiliar Márcio Schiefler deixará a Corte. Considerado a memória operação no Supremo, ele acompanhou a investigação do esquema de corrupção na Petrobras desde o início, em 2014.
Schiefler já teria avisado os colegas de STF, que deve definir nesta quarta-feira, por sorteio, o relator que irá substituir Teori. Como braço-direito do ex-relator, Schiefler participou de decisões sobre a Lava Jato e ouviu delatores sobre os acordos assinados – o último foi Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, em Curitiba, na semana passada.
Além de Schiefler, Teori tinha mais dois juízes auxiliares, Paulo Marcos de Farias, que era titular do Tribunal do Júri em Santa Catarina, e Hugo Sinvaldo da Gama Filho, juiz federal em Goiás. Os dois entraram na equipe no ano passado. Os três encaminharam, a pedido do presidente do STF, Cármen Lúcia, as últimas audiências antes da homologação das delações de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira.