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Justiça manda Nardoni de volta para o regime fechado

Condenado desde 2010 pela morte da filha Isabella, ele havia progredido para o semiaberto há cerca de três meses

Por Da Redação
Atualizado em 13 ago 2019, 13h59 - Publicado em 13 ago 2019, 13h53

O advogado Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato de sua filha Isabella, em 2010, voltou a cumprir pena em regime fechado cerca de três meses após ter sido transferido para o semiaberto. A decisão da Justiça paulista é consequência de um pedido do Ministério Público. A Promotoria questionou o fato de ele ter ido para o regime semiaberto sem ter sido submetido a um exame psicológico, necessário nesses casos.

De acordo com o advogado de defesa, Roberto Podval, Nardoni foi aprovado no exame criminológico, mas não havia profissionais disponíveis para aplicar o chamado Teste de Rorschach, que aponta desvios de personalidade.

No último fim de semana, a Justiça paulista concedeu a Nardoni o direito de passar o Dia dos Pais fora da prisão. A chamada saidinha é um benefício dado a presos com bom comportamento em datas comemorativas.

A “saidinha” de Nardoni teve grande repercussão nas redes sociais. O ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou a concessão do benefício em sua página no Twitter, na sexta-feira 9. “No projeto de lei anticrime, consta a vedação de saídas temporárias da prisão para condenados por crimes hediondos”, escreveu o ex-juiz, que pediu ao apoio ao seu projeto anticrime que tramita no Congresso e que trata da questão. O presidnete Jair Bolsonaro também criticou o benefício dado a Nardoni.

O padre Fabio de Mello também usou a mesma rede social para se posicionar sobre o assunto. “Não entendo de leis, mas a ‘saidinha’ deveria ser permitida somente no Dia de Finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”, postou. Diante das críticas de alguns seguidores, o padre reafirmou sua opinião: “Doentio é matar a filha, jogar pela janela, e anos depois sair da prisão para comemorar o Dia dos Pais.” Em seguida, o padre cancelou sua conta no Twitter.

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Outras personalidades do mundo artístico criticaram a decisão da Justiça, como a cantora Marília Mendonça.

Nardoni e sua namorada, Anna Carolina Jatobá, foram acusados de jogar a menina do 6º andar do prédio onde o casal vivia, na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, em um caso que gerou forte repercussão. O casal sempre negou a autoria do homicídio, argumentando que uma outra pessoa teria entrado no apartamento e cometido o crime.

A pena que Nardoni recebeu foi de trinta anos e dois meses de prisão. Ele ficou dois anos detido preventivamente antes de ser condenado pela Justiça. Ele está desde 2008 no presídio de Tremembé, no interior paulista e, há cerca de dois meses, havia progredido para o semiaberto. 

 

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