Justiça nega pedido de Jairinho para suspender interrogatório
Ex-vereador do Rio foi preso acusado de participação na morte do menino Henry Borel
A Justiça do Rio de Janeiro negou pedido de liminar feito pela defesa do ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior, conhecido como Doutor Jairinho, em uma tentativa de suspender seu interrogatório marcado para esta segunda-feira, 13. Doutor Jairinho foi preso acusado de participação na morte do menino Henry Borel, de 4 anos.
Os advogados do ex-parlamentar entraram com o recurso por alegar cerceamento de defesa por parte do Judiciário por não ter ouvido, a pedido da defesa de Jairinho, a equipe de médicos e legistas que participaram do atendimento de Henry.
Na decisão, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, argumentou que algumas pessoas que a defesa do ex-vereador tinha pedido que fossem ouvidas já tinham prestado depoimento em outro momento.
“Ademais, na decisão, a magistrada aponta que as três médicas que assistiram a vítima no Barra D’Or, bem o radiologista do mesmo hospital, responsável pelas chapas do pulmão realizadas, já foram ouvidos e as demais não foram arroladas no momento adequado. Bem por isso, primo icto oculi, parece inexistir qualquer cerceamento à plenitude de defesa que mereça correção em juízo liminar.”
Almeida Neto também destacou que o direito à ampla defesa não assegura o deferimento de ações protelatórias na tramitação do processo.
“Se assegurar plenitude de defesa não pode levar ao absurdo de eternizar o processo, escavucando o nada a cada vez que o processo chega próximo ao seu desate, pedindo a produção de novas provas. Nesta toada, indefiro a liminar”, concluiu.