Laudo da Polícia Federal sobre a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, de reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) no dia 7 de março deste ano, no Palácio do Jaburu, entregue nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirma que o áudio não teve edição.
A suspeita de que o material teria sido manipulado foi levantada pela defesa do presidente, que pediu a realização da perícia. Os advogados de Temer chegaram a pedir ao perito Ricardo Molina que fizesse um laudo particular, que apontou mais de 60 pontos potenciais de edição e disse que, como prova, a gravação era “imprestável”.
O laudo da PF diz que foram observadas 294 descontinuidades no sinal de áudio, mas que “tais descontinuidades são compatíveis com as decorrentes de interrupção no registro das amostras de áudio por atuação do mecanismo de detecção de pressão sonora do equipamento” – ou seja, o aparelho para de gravar quando ninguém está falando e não há som a ser gravado.
A apuração da PF conclui, então, que “considerando-se todas as técnicas aplicadas na realização dos exames, não foram encontrados elementos indicativos de que a gravação questionada tenha sido adulterada em relação ao áudio original, sendo a mesma consistente com a maneira em que se alega ter sido produzida”.
Leia aqui o laudo da PF sobre a gravação: