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Líder do PCC no Paraguai é extraditado ao Brasil

Jarvis Pavão tem pena de 17 anos de prisão a cumprir no país. Defesa dele tenta reverter extradição e diz que pode haver conflitos na fronteira

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 dez 2017, 14h50 - Publicado em 28 dez 2017, 13h30
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  • Extradição do traficante Jarvis Pavão
    Jarvis Chimenez Pavão, é acompanhado por forças de segurança enquanto é extraditado para o Brasil para enfrentar acusações por tráfico de cocaína, armas e lavagem de dinheiro, em Luque, no Paraguai - 28/12/2017 (Jorge Adorno/Reuters)

    Considerado um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil e um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraguai, o traficante Jarvis Chimenes Pavão foi extraditado pelas autoridades paraguaias na manhã desta quinta-feira. Pavão estava preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, em Assunção, onde cumpria pena de 8 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma.

    O traficante foi levado por policiais paraguaios à cidade de Luque, na região de Assunção, onde agentes da Polícia Federal o aguardavam. Segundo a defesa de Pavão, ele será levado ao presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O traficante, que tem cidadania paraguaia, tem uma pena de 17 anos e 8 meses de prisão a cumprir no Brasil pelos crimes de associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

    O advogado Danny Fabrício Cabral Gomes, que defende Jarvis Pavão, tentava evitar a extradição e entrou com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, entendeu, no entanto, que o caso não seria urgente, passível de decisão no plantão da Corte. Com a negativa de Cármen, o pedido da defesa deve ser analisado depois do fim do recesso do Judiciário, pela ministra Rosa Weber.

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    Gomes alega que a extradição seria ilegal porque tratados entre Brasil e Paraguai permitiriam que Jarvis Pavão cumprisse a pena no país vizinho. Segundo o defensor, o traficante teme ser assassinado em presídios brasileiros e o Ministério da Justiça ainda não analisou seus argumentos para mantê-lo fora do país.

    O advogado diz ainda que Pavão é considerado um “bastião da estabilidade” entre as facções que disputam o comando do tráfico na fronteira entre Brasil e Paraguai e que a extradição pode desencadear conflitos na região. “O Brasil não tem nada a ganhar com a extradição”, afirma Danny Gomes.

    Antes de Jarvis Pavão, em janeiro de 2017, a Justiça do Paraguai já havia extraditado para o Brasil o traficante paraguaio Carlos Antonio Caballero, o Capillo, aliado de Pavão e considerado um dos maiores líderes do PCC no país vizinho.

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    Plano contra presidente e luxo na cadeia

    Em setembro de 2016, VEJA revelou que autoridades paraguaias atribuíam a Jarvis Chimenes Pavão o planejamento atendados contra o presidente do país, Horacio Cartes. Segundo disse à época o ministro-chefe da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Hugo Vera, o PCC oferecia 5 milhões de dólares a quem matasse Cartes. O ministro do Interior do país, Francisco de Vargas, afirmou que informações de inteligência “bastante sólidas” levaram a um reforço na segurança do presidente e seus familiares.

    Dois meses antes, o Ministério Público paraguaio mostrou que Pavão havia construído instalações confortáveis dentro do presídio de segurança máxima onde cumpria pena. O pavilhão “VIP” era equipado com três suítes, camas de casal e televisores, além de contar com uma biblioteca, uma cozinha e um escritório onde ele despachava com seus comandados.

    Jarvis Pavão também é apontado como um dos mandantes da execução do traficante brasileiro Jorge Rafaat, em junho de 2016, na cidade de Pedro Juan Caballero. O PCC usou uma metralhadora antiaérea no ataque a Rafaat, que andava acompanhado de 22 seguranças armados com fuzis.

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