‘Lula é quem se decepcionou’, ironiza Zelensky sobre reunião que não houve
Presidente da Ucrânia pediu reunião com petista, mas encontro não aconteceu por conflito de agendas
![Ukrainian President Volodymyr Zelensky gestures as he gives a press conference in Kyiv on February 24, 2023, on the first anniversary of the Russian invasion of Ukraine. (Photo by Genya SAVILOV / AFP)](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/02/000_339Y4WM.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi questionado por jornalistas neste domingo, 21, se ficou decepcionado por não conseguir se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o encontro do G7 que ocorreu neste final de semana no Japão. “Ele é quem deve ter se decepcionado”, ironizou o líder ucraniano, sorrindo. Os dois presidentes participaram como convidados da cúpula das sete economias mais industrializadas do mundo — segundo o governo brasileiro, Zelensky chegou a pedir um encontro bilateral com Lula, mas a reunião acabou não acontecendo por conflito de agendas.
“Não temos nenhuma prova de que Brasil, Índia ou China estejam enviando armas à Rússia”, pontuou Zelensky durante a mesma coletiva de imprensa. Em mais de uma ocasião, o presidente ucraniano criticou os integrantes dos Brics — bloco econômico que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — por não se unirem aos Estados Unidos e aos países da União Europeia para impor sanções econômicas e políticas à Rússia e ao governo de Vladimir Putin. Lula, o premiê indiano, Narendra Modi, e o presidente chinês, Xi Jinping, vêm adotando posições mais pragmáticas ao evitar condenar publicamente o presidente russo pela invasão.
Por outro lado, Lula criticou a “violação da integridade territorial da Ucrânia” durante a reunião com todos os chefes de Estado presentes no evento, na qual sentou-se de frente para Zelensky (leia a matéria completa aqui). O presidente brasileiro tem defendido uma solução negociada para a guerra que considere os impactos do conflito para o restante do mundo, que não tem envolvimento direto no confronto.