O presidente Lula recebeu no Palácio do Alvorada ontem, sexta-feira 8, religiosos que o visitaram durante a prisão, na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. O ato ecumênico, que teve a presença da primeira-dama, Janja, marcou os cinco anos de liberdade do atual presidente. Cenas do encontro foram publicadas nas redes oficiais de Lula e de Janja. “Aqui estão presentes líderes, militantes, religiosos e religiosas que o visitaram durante os 580 dias na prisão, levando a ele um conforto e sendo também porta-vozes para fora daquilo que ele transmitia”, afirmou Gilberto Carvalho, secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e fiel aliado de Lula.
Junto ao vídeo, Lula escreveu nas postagens um agradecimento: “Obrigado, companheiros e companheiras. Vou carregar para todo o sempre a lembrança do que vocês fizeram. Somos irmãos, amigos, unidos no amor e na fé”. No vídeo, Lula lembrou que não conhecia muitos dos religiosos que o visitaram. Janja também agradeceu: “Nesse momento (da prisão), essa palavra de fé foi fundamental”.
Foi nesse tempo em Curitiba que Lula conheceu Janja. Além das visitas, Lula contou com a vigília de grupos de apoiadores na porta da Superintendência da PF. O petista foi preso em 7 de abril de 2018, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, em São Bernardo do Campo, após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, em decisão do ex-juiz federal Sergio Moro que foi confirmada em segunda instância, dentro da Lava-Jato. No dia 8 de novembro de 2019, Lula foi colocado em liberdade, de acordo com determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo entendimento era de que a pena só poderia ser cumprida depois do trânsito em julgado. Em momento posterior, o STF acabou anulando a condenação, por suspeição de Moro.
No ato no Alvorada, compareceram líderes de diferentes religiões. “Você saiu livre, não pelas janelas, mas pela porta”, disse o padre Julio Lancellotti. O pastor Mike afirmou que, em Curitiba, durante conversas com Lula, “quem estava sendo alimentado pela fé e pela esperança era a gente”.