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‘Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos’, diz Lula em SP

Em celebração do 1º de Maio, presidente reafirmou posição do governo sobre folha de pagamento, mas minimizou embate entre Executivo e Legislativo

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 14h07 - Publicado em 1 Maio 2024, 08h05

O presidente Lula participou nesta quarta-feira, 1º, do ato unificado das centrais sindicais para o Dia do Trabalhador, em São Paulo. O evento começou por volta das 10h no estacionamento da Neo Química Arena, na Zona Leste da capital paulista, mas o petista iniciou sua fala por volta das 13h50. Com o tema “Por um Brasil mais justo”, o ato foi promovido por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical e Pública.

Lula reafirmou a posição do governo sobre a folha de pagamentos, o que gerou um embate com o Congresso recentemente, e disse que “no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, mas “sim àqueles que trabalham e que vivem de salário”. O presidente também exaltou o diálogo entre os ministros e os parlamentares: “Todos os projetos que nós mandamos foram aprovados. E isso por competência dos ministros e dos deputados que aprenderam a conversar”, afirmou, sem citar os vetos já derrubados pelo Legislativo e a ação no STF que pediu a suspensão de trechos de desoneração.

Reivindicações

As centrais reivindicam “correção da tabela de Imposto de Renda, redução da taxa de juros, valorização dos serviços públicos, dos servidores e servidoras, salário igual para trabalho igual e aposentadoria digna”. O evento também teve a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e apresentações musicais.

O ato aconteceu em meio ao cenário de descontentamento de servidores federais e sindicalistas, inclusive as centrais historicamente ligadas ao PT, com o governo Lula. Os grupos cobram da gestão reajustes salariais e melhorias em outros benefícios. As centrais sindicais também reivindicam a promessa do presidente de uma compensação depois da perda da contribuição compulsória. Em tempos de desequilíbrio fiscal, contudo, tais aumentos não encontram espaço no orçamento. A resposta do Planalto às reivindicações foi alvo de críticas de servidores, que ameaçam realizar novas greves pelo país.

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