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Maioria defende enquadrar facções criminosas como terroristas, diz Genial/Quaest

Pesquisa feita após megaoperação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro mostra que brasileiros também defendem maior rigor penal contra o crime

Por Redação Atualizado em 3 nov 2025, 09h47 - Publicado em 3 nov 2025, 09h34

Quase três quartos da população do Rio de Janeiro (72%) se dizem favoráveis a uma alteração na lei penal que enquadre organizações criminosas no Brasil como grupos terroristas. O dado consta em pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 3, na esteira de uma megaoperação policial contra o narcotráfico que deixou 121 pessoas mortas, na semana passada, na capital fluminense.

Na prática, a principal diferença entre uma organização criminosa e uma terrorista é a motivação que une o grupo — a primeira se junta para obter algum tipo de proveito (quase sempre econômico), enquanto a outra age por questões ideológicas ou políticas. Uma mudança na legislação representaria um aumento de pena significativo para integrantes de facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), hoje sujeitos a três a oito anos de prisão pelo crime de organização criminosa.

Um projeto de lei na Câmara, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), deve ganhar tração nos próximos dias na esteira da operação no Rio de Janeiro. No começo de setembro, antes da intervenção policial nos complexos do Alemão e da Penha, a Comissão de Segurança Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que equipara facções e milícias a grupos terroristas.

A proposta agora está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator do projeto será o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), que é deputado licenciado e vai voltar ao Legislativo para cuidar do projeto — ele é pré-candidato ao Senado em 2026. O relator original do projeto era o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que abriu mão em favor de Derrite.

Além das movimentações na política doméstica, cresce a pressão internacional para que o Brasil endureça o tratamento dado a grupos do narcotráfico. Na semana passada, Argentina e Paraguai anunciaram que facções como CV e PCC serão enquadradas como terroristas em seus territórios — o governo Lula, por sua vez, reluta em adotar a definição e teme brechas para intervenções dos Estados Unidos, que já vêm utilizando a pauta antiterrorismo, sob o governo de Donald Trump, para intensificar ações militares na Venezuela e no México.

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Mais rigor contra o crime

O levantamento indica, ainda, forte apoio do eleitorado fluminense a outras medidas de endurecimento penal e redução de benefícios legais a criminosos. Para 85% dos entrevistados, seria positivo aumentar a pena por homicídios encomendados pelo crime organizado, enquanto 62% defendem acabar com o direito às visitas íntimas a presidiários e outros 53% apoiam o fim das “saidinhas” temporárias, ainda que o preso demonstre bom comportamento e já tenha cumprido a maior parte da sentença.

Pesquisa Quaest sobre segurança pública com eleitores do Rio de Janeiro, divulgada em novembro de 2025
Pesquisa Quaest sobre segurança pública com eleitores do Rio de Janeiro, divulgada em novembro de 2025 (Genial/Quaest/Reprodução)

A Quaest entrevistou 1.500 pessoas em 40 municípios do Rio de Janeiro entre os dias 30 e 31 de outubro de 2025. O grau de confiabilidade da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3 pontos percentuais (pp), para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

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