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Mancha de óleo ao redor de navio encalhado não é de vazamento, diz Ibama

Volume identificado estaria muito diluído na água e nada teria a ver com as 3,5 mil toneladas de combustível carregadas pela embarcação

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 fev 2020, 01h31 - Publicado em 28 fev 2020, 22h23
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  • O Ibama identificou uma mancha de óleo com cerca de 1,5 quilômetro de diâmetro ao redor do navio que está encalhado no litoral brasileiro desde a noite de segunda-feira, 24, a 100 quilômetros de São Luís, no Maranhão. O cargueiro está carregado com quase 295.000 toneladas de minério de ferro da Vale

    De acordo com o órgão ambiental, porém, o óleo encontrado até agora, estimado em 333 litros, não é proveniente de vazamento dos tanques da embarcação. Além da carga de minério, o navio carrega mais de 3,5 mil toneladas de óleo combustível.

    “Trata-se de um volume pequeno e que se encontra muito diluído na água, o que nos leva a concluir que seja óleo residual, ou seja, que estava em outras partes do navio, mas nada tem a ver com os tanques de combustível”, afirmou Marcelo Amorim, coordenador geral de Emergências Ambientais do Ibama. De acordo com informações passadas à Marinha, a avaria ocorreu na proa (a parte da frente) e o combustível fica armazenado na popa (área traseira). 

    A embarcação, que pertence à empresa coreana Polaris Shipping, é um gigante do mar. Mede 340 metros de comprimento por 55 largura. De acordo com informações passadas para Marinha, a embarcação sofreu uma avaria no casco, logo depois de deixar o Porto de Itaqui, em São Luís, com destino à China. Diante do risco de afundamento, o comandante decidiu encalhar o navio propositalmente em um banco de areia a cerca de 100 quilômetros da costa da capital maranhense. Os vinte tripulantes acabaram retirados da embarcação em segurança.

    Segundo o Ibama, o cargueiro está estável, com inclinação de 22 graus, e permanece ancorado, o que reduz as chances de movimentação. Uma equipe de mergulhadores deve realizar uma inspeção no domingo ou, no mais tardar, na segunda-feira. O objetivo é verificar in loco a real gravidade da avaria. “Só depois dessa avaliação será possível dizer com mais segurança os próximos passos da operação e quanto tempo ela durará”, afirmou Amorim.

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    O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou hoje pela manhã que o governo está monitorando “com muita atenção” a situação. “Diversas equipes, aeronaves e embarcações do IBAMA, Marinha e ANP/Petrobras estão envolvidos na operação”, escreveu Salles no Twitter.

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