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Manchas de óleo chegam a Porto de Galinhas, em Pernambuco

Até agora, a localidade foi atingida apenas por fragmentos do material, diferentemente de outras regiões, de onde foram retiradas toneladas de piche

Por Da Redação Atualizado em 19 out 2019, 20h27 - Publicado em 19 out 2019, 20h08

O óleo pesado, parecido com piche, que vem atingindo as praias do litoral nordestino há 50 dias, chegou neste sábado, 19, à praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, um dos destinos mais famosos do país, graças às suas piscinas naturais.

Porto de Galinhas, no entanto, foi bem menos afetada que outras regiões, pelo menos até agora. Hoje pela manhã, as equipes de limpeza, auxiliadas por centenas de voluntários, conseguiram recolher o material com pequenas pás e com as próprias mãos.

A situação foi bem diferente da ocorrida na Praia dos Carneiros, mais ao sul do estado. Em Carneiros, outro destino paradisíaco do litoral nordestino, foram retiradas cerca de 20 toneladas de óleo viscoso. Por lá, a remoção foi feita com máquinas retroescavadeiras.

Ao todo, foram removidas cerca de 30 toneladas de resíduos, em todo litoral pernambucano, totalizando 50 toneladas coletadas nos últimos dois dias. Também foi removido material em alto mar por um dos barcos contratados pelo governo do estado. A embarcação trabalhou nas imediações da praia de Muro Alto, em Ipojuca, já na localidade de Porto de Galinhas.

Nos últimos dias, as manchas de óleo apareceram em maior volume em Alagoas e Pernambuco. Aparentemente, o material está sendo levado pelas correntes marinhas rumo ao norte da região Nordeste. No entanto, não é possível  saber se as praias que já foram limpas serão atingidas novamente, já que ainda não se sabe a origem do petróleo.

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Neste sábado, foram encontrados fragmentos de petróleo nas praias do Reduto, em Rio Formoso; Boca da Barra, em Tamandaré; Barra de Sirinhaém, em Sirinhaém; Mamucabinhas, em Barreiros; Pontal de Maracaípe, Cupe e Muro Alto, em Ipojuca. Manchas de óleo ainda foram observadas nos estuários dos rios Formoso (Tamandaré); Persinunga (São José da Coroa Grande); Mamucabas (Barreiros) e Maracaípe (Ipojuca).

Crise

O episódio já virou alvo de críticas dos governadores do Nordeste à atuação da gestão Jair Bolsonaro. O governdor de Pernambuco, Paulo Cãmara (PSB) criticou a demora no enfrentamento do problema.

“Até agora, não nos deram respostas adequadas para que possamos fazer o devido planejamento de prevenção”, afirmou Câmara nete sábado, 19, ao visitar a praia de Carneiros, uma das mais conhecidas do estado, no município de Tamandaré. “O que está acontecendo no Nordeste exige priorização, determinação e foco. Esses quase 60 dias foram mais do que suficientes para que a gente pudesse ter um planejamento e evitar que essas manchas chegassem às nossas praias”, concluiu.

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Antes, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), trocou farpas pelo Twitter com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Em um tuíte publicado às 5h26, o ministro escreveu que esteve pessoalmente na Bahia na quinta-feira, 17, e, apesar de ter testemunhado o trabalho de centenas de agentes federais e municipais, não viu ninguém do governo estadual.

A mensagem de Salles foi uma resposta a um post do governador petista, escrita na quinta-feira. No tuíte, Costa diz que, apesar de já terem sido removidas mais de 155 toneladas de óleo das praias, a gestão Bolsonaro ainda não havia se posicionado nem apresentado resoluções. “Precisamos de um posicionamento e de resoluções do governo federal, através da Marinha e do Ibama, que são os responsáveis pelo cuidado com o oceano, mas continuam em silêncio.

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