O aniversário de um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi marcado por protestos contra a decisão em diferentes cidades do país, incluindo Curitiba, no Paraná, onde ele se encontra.
O Partido dos Trabalhadores (PT) e alguns aliados organizaram na manhã deste domingo uma manifestação contra a prisão em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba. Às vésperas do aniversário, o protesto foi liberado com restrições pela Justiça Estadual do Paraná, que, anteriormente, havia proibido “todo e qualquer ato ostensivo de manifestação (pró ou contra Lula)” nas ruas do bairro onde está a PF.
O ex-presidente Lula foi preso depois de condenação em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com pena de 12 anos e um mês de reclusão. Ele teria recebido um apartamento tríplex no Guarujá em troca de favorecimento à empreiteira OAS em contratos com a Petrobras. Ele nega as acusações e busca reverter a decisão com apelações no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal.
No sábado (dia 6), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, publicou mensagens nas redes sociais relacionadas à prisão do ex-presidente. Em uma delas, está ao lado do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad; em outra, publica uma série de bilhetes escritos por Lula da cadeia ao longo do último ano.
Atos contra a prisão e em defesa do ex-presidente Lula estão acontecendo em diversas cidades brasileiras. Em Brasília, o protesto contra a prisão estava previsto para começar no meio da tarde. No Rio de Janeiro, estava marcado para a orla da praia de Copacabana. Em Porto Alegre, no Memorial Prestes; e em São Paulo, na Avenida Paulista na altura da Praça do Ciclista. Também estavam previstas manifestações no exterior.
Mas haverá também mobilizações que defendem a prisão do ex-presidente: o movimento Vem Pra Rua organiza protestos neste domingo em diversas cidades do país. Em São Paulo, uma manifestação estava prevista para começar a ocorrer às 14h na esquina da avenida Paulista com a rua Pamplona.