Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Marcelo Crivella é alvo de operação contra corrupção no Rio

Ação é do Ministério Público e da Polícia Civil

Por Cássio Bruno Atualizado em 10 set 2020, 13h00 - Publicado em 10 set 2020, 07h45

O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil fizeram uma operação na manhã desta quinta-feira (10) contra corrupção. Promotores e policiais estiveram na sede administrativa da prefeitura, no bairro Cidade Nova, Região Central da capital; e no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul. Ao todo, foram 22 mandados de busca e apreensão de documentos, computadores, celulares e dinheiro. Um deles é contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Os investigadores estiveram da residência de Crivella, no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

Na última semana, Marcelo Crivella confirmou a sua candidatura à reeleição. Mesmo com a operação em curso, o prefeito cumpriu agenda na Marinha ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do governador em exercício Cláudio Castro (PSC). Os três participaram de uma cerimônia de formatura do Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento. O evento foi fechado e a imprensa não teve acesso. Procurado por VEJA, o prefeito ainda não se manifestou sobre o caso.

Entre os outros alvos, estão Eduardo Lopes, ex-senador e ex-secretário estadual de Agricultura; Mauro Macedo. ex-tesoureiro de campanha de Crivella; e o empresário Rafael Alves. De acordo com o MP, a ação faz parte de um inquérito policial instaurado para investigar possível organização criminosa e esquema de corrupção no âmbito da administração municipal carioca, sendo desdobramento da primeira fase da Operação Hades, executada em 10 de março deste ano e que identificou um “QG da propina” dentro da prefeitura. A operação se concentrou, principalmente, na Empresa Municipal de Turismo (RioTur), autarquia chamada de “balcão de negócios” dos suspeitos.

As diligências foram cumpridas em endereços residenciais e funcionais de agentes públicos municipais e empresários na capital, nos bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Tijuca, Flamengo, e em Itaipava, na Região Serrana, e Nilópolis, na Baixada Fluminense. O caso está sob sigilo. O MP não divulgou o balanço da operação até o momento.

Continua após a publicidade

Em delação premiada à Lava Jato, Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor (federação que representa as empresas de ônibus no estado), disse que Mauro Macedo pediu “apoio financeiro” de 2,5 milhões de reais para a campanha do então candidato em 2016 por meio de caixa dois. No depoimento, Teixeira disse ainda que os acordos ocorriam desde a candidatura de Crivella ao Senado, em 2004, e em 2010.

Já o doleiro Sérgio Mizhay, preso na Lava-Jato em 2018, apontou o empresário Rafael Alves como operador de um suposto esquema de propina na Prefeitura do Rio em troca da liberação de pagamentos a empresas credoras do município. Rafael é irmão do ex-presidente da Riotur Marcelo Alves. O empresário foi homem de confiança de Crivella. Ele ajudou o então candidato a prefeito a conseguir doações em dinheiro para a campanha também em 2016. Após a vitória nas urnas, Crivella nomeou Marcelo para comandar a RioTur. O prefeito sempre negou irregularidades.

‘Guardiões do Crivella’

O prefeito Marcelo Crivella é investigado, na Câmara de Vereadores, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “Guardiões do Crivella” desde o último dia 4, um dia após a Casa rejeitar um processo de impeachment. A CPI é baseada em uma reportagem da TV Globo sobre a existência de grupos em aplicativo de conversas no celular criado para tentar atrapalhar o trabalho de jornalistas e impedir denúncias na área da saúde municipal.

Continua após a publicidade

A maior parte dos “guardiões” são funcionários comissionados da prefeitura e servidores, todos pagos com dinheiro público.

 

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.