A ex-senadora candidata nas duas últimas eleições presidenciais Marina Silva (Rede) comparou a ex-presidente Dilma Rousseff com o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), em entrevista ao UOL na sexta-feira. Segundo a política, ambos assumiam uma postura de gestores e não políticos. “Foi aí [nas eleições de 2010] que se iniciou essa cultura política do gerente. E a gente viu no que deu. Acho que os 14 milhões de desempregados que temos hoje no Brasil são os que estão mais aprendendo com essa história de fabricar lideranças políticas em nome da gerência”, afirmou.
Marina ainda comentou que a possibilidade de se candidatar novamente para a presidência no ano que vem está sendo discutida dentro do seu partido. Na última pesquisa realizada pelo Datafolha, a ex-ministra apareceu como a única candidata que poderia vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.
A política também comentou a reforma da Previdência e disse que votaria a favor da proposta se arbitrariedades fossem corrigidas. “Não se pode pensar que se faça uma reforma como essa considerando apenas um lado do problema, o lado do empregador. Que a mediação seja feita de ambas as partes. Coisa que a pressa, a falta de legitimidade e o fato de [o governo] ter que sustentar nas reformas e no próprio mercado para sobreviver a tanta falta de legitimidade e popularidade, no meu entendimento, não é o melhor caminho”.
Sobre a operação Lava Jato e as delações de empresário de Odebrecht e de outras empreiteiras afirmando que Lula é dono do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, ela afirmou que “ninguém é a priori é inocente e ninguém é a priori culpado” e que acredita que a Justiça está fazendo o seu trabalho.